O Vitória deu o passo mais decisivo dos últimos anos ao apresentar, oficialmente, o projeto da Arena Barradão. A proposta, construída em parceria com o consórcio SD Arenas, promete redesenhar não apenas o estádio, mas também a forma como o clube se relaciona com sua torcida, sua cidade e suas fontes de receita.
O plano é claro: transformar o Barradão em uma arena multiuso, capaz de receber desde jogos até shows internacionais e eventos corporativos. A projeção financeira fala por si — uma receita líquida anual estimada em R$ 20 milhões, sem exposição a riscos diretos para o clube.
A modernização inclui um salto na capacidade: de 30.793 para 40.597 torcedores, um crescimento de quase 32%. Os antigos 20 camarotes se multiplicam para 116, acompanhando a lógica de diversificar serviços e criar novas frentes de arrecadação. A arena ainda contará com um setor oeste totalmente renovado, rooftop panorâmico, restaurantes com visão integral do campo, terraços cobertos, 14 novos bares, 32 banheiros, rede Wi-Fi e novos sistemas de som, segurança e informação.
O investimento inicial é de R$ 405 milhões, mas o pacote total — considerando os 35 anos de administração da SD Arenas — deve ultrapassar R$ 1,4 bilhão. Trata-se do maior projeto de infraestrutura da história recente do clube, que busca reposicionar o Barradão como equipamento estratégico para Salvador.
As obras, previstas para início ainda este ano, dependem agora da aprovação dos conselhos Fiscal e Deliberativo. A entrega completa está estimada para 2029, após 36 meses de projeto, sendo 30 dedicados às intervenções. Para evitar que o time fique sem casa, o Vitória já estuda utilizar o Estádio de Pituaçu em momentos críticos das cinco fases de reforma. Agora, resta acompanhar se o projeto sairá do papel com a mesma força com que foi apresentado.