Trinta e seis anos depois, o Bahia voltou a disputar a fase de grupos da Copa Libertadores com a festa que o momento exigia — arquibancadas lotadas, bandeiras tremulando e um coro apaixonado vindo de mais de 43 mil tricolores na Arena Fonte Nova. Mas dentro de campo, faltou transformar o apoio em triunfo. Na noite desta quinta-feira (3), o Esquadrão empatou 1 a 1 com o Internacional, pela estreia do Grupo C, em um jogo marcado pelo equilíbrio e chances para os dois lados.
O gol do Bahia veio apenas no segundo tempo, após boa jogada pela esquerda de Erick Pulga, que encontrou Juba na linha de fundo. O cruzamento certeiro terminou nos pés de Jean Lucas, que finalizou com categoria para abrir o placar aos 27 minutos. Mas o sonho de sair com resultado positivo na reestreia durou pouco: aos 38, após defesa parcial de Ronaldo, o atacante Enner Valência aproveitou o rebote e empatou para o Colorado.
Apesar do empate, o time de Rogério Ceni mostrou postura ofensiva, com boa posse de bola e atuações consistentes de nomes como Everton Ribeiro e o próprio Jean Lucas — que, mesmo marcando, também protagonizou erros em passes que geraram perigo.
O primeiro tempo teve um Bahia mais incisivo, com chutes de Pulga, Caio Alexandre e Lucho, obrigando o goleiro Anthoni a trabalhar. O Inter, por sua vez, explorou falhas defensivas tricolores e levou perigo com Wesley, Vitinho e Alan Patrick. No fim, o 1 a 1 espelhou o equilíbrio da partida, mas deixou no ar a sensação de que era possível sair de campo com os três pontos.
Agora, o Bahia vira a chave para o Campeonato Brasileiro, onde visita o Santos, neste domingo (6), às 20h30, na Vila Belmiro. Pela Libertadores, o próximo desafio será em Montevidéu, contra o tradicional Nacional-URU.