A Seleção Brasileira voltou a campo para mais um amistoso preparatório e saiu de Lille com a sensação de que ainda falta muito para uma equipe competitiva se firmar. O empate por 1 a 1 com a Tunísia expôs velhas fragilidades: dificuldades na criação, lentidão para reagir e pouca clareza nas escolhas em momentos decisivos.
O Brasil começou mal e terminou pior. No primeiro tempo, a Tunísia encontrou espaço para contra-atacar pela esquerda e aproveitou um erro de Wesley para abrir o placar com Mastouri. A Seleção respondeu com jogadas previsíveis, dependentes de chutes de média distância, até que o VAR flagrou um toque de mão de Bronn e Estêvão converteu o pênalti que garantiu o empate antes do intervalo.
Depois, o cenário se agravou. As entradas de Danilo e Vitor Roque não mudaram o ritmo lento do time, que passou a errar mais passes e perdeu intensidade no meio-campo. A melhor jogada do Brasil veio justamente de uma ação individual: Vitor Roque pressionou a saída tunisiana, recuperou a bola e sofreu o segundo pênalti da noite. Dessa vez Lucas Paquetá assumiu a cobrança e mandou por cima, desperdiçando a melhor chance de vitória.
O amistoso deixa a impressão de que o time ainda não encontrou um modelo claro. Os próximos compromissos, em março, serão bem mais exigentes: França em Boston e Croácia em Orlando. Serão os últimos testes antes da convocação final para o Mundial. Entre ajustes táticos, oscilações individuais e dificuldades de criação, Ancelotti terá pouco tempo para transformar uma equipe irregular em candidata real ao título. O Brasil entra em 2026 precisando de respostas que ainda não apareceram.