O trânsito brasileiro continua sendo um dos maiores testes de paciência do cotidiano urbano. Segundo o IBGE, 1,3 milhão de brasileiros passam mais de duas horas por dia entre casa e trabalho — o equivalente a quase um mês por ano parado no trânsito. Diante desse cenário, cresce o interesse por soluções que combinem mobilidade, economia e sustentabilidade. Entre elas, as bicicletas elétricas, ou e-bikes, vêm ganhando força como alternativa real para trajetos curtos e médios.
O mercado de e-bikes cresceu 7,2% em 2024, com mais de 53 mil unidades vendidas no Brasil. O avanço é impulsionado pela alta dos combustíveis e pela necessidade de otimizar o tempo nos deslocamentos. De acordo com a Oggi Bikes, pedalar até o trabalho leva, em média, 45% menos tempo do que usar carro ou transporte público.
Apesar de as bicicletas representarem apenas 6,2% dos deslocamentos no país — cerca de 4,4 milhões de pessoas — o potencial de crescimento é enorme. Mais da metade da população brasileira (56,8%) leva até 30 minutos para chegar ao trabalho, tempo ideal para quem pedala, principalmente com o auxílio do motor elétrico nas subidas ou longas distâncias.
Em cidades como Salvador, onde boa parte dos trajetos diários tem até 10 km, as bicicletas elétricas podem transformar a mobilidade. “O Brasil ainda depende muito do transporte individual motorizado, mas boa parte dos deslocamentos poderia ser feita de e-bike, com menos custo, menos poluição e mais qualidade de vida”, explica David Peterle, CEO da Oggi Bikes.
Deixar o carro em casa, economizar e transformar o caminho até o trabalho em uma experiência ativa e prazerosa. Além de ser um passo concreto rumo a cidades mais sustentáveis e humanas.