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Morre Francisco, o papa mais apaixonado por futebol que a Igreja já teve

Torcedor fervoroso do San Lorenzo, Francisco usou o futebol como ponte de diálogo e símbolo de humildade durante seu papado

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O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, na Casa Santa Marta, no Vaticano. Primeiro pontífice latino-americano e jesuíta, seu legado vai além das reformas e do diálogo inter-religioso: Francisco foi também o papa mais ligado ao futebol que a Igreja já teve.

Desde a infância, Francisco torcia pelo San Lorenzo, clube argentino fundado por um sacerdote e profundamente enraizado na cultura popular de Buenos Aires. Seu pai, que jogava basquete pelo clube, o levava aos jogos no antigo estádio Gasómetro. Essa ligação afetiva permaneceu por toda a vida. Em 2013, ao ser eleito papa, o San Lorenzo celebrou o feito destacando que Bergoglio era sócio honorário do clube. Em diversas ocasiões, Francisco foi fotografado com a camisa do time, que hoje está exposta no museu da FIFA em Zurique.

Francisco também usava o futebol como metáfora em suas homilias e discursos, comparando a vida cristã a um jogo coletivo, onde ninguém vence sozinho. Em uma entrevista, ao ser questionado sobre quem era melhor, Messi ou Maradona, ele respondeu com diplomacia, mencionando Pelé como o maior.

Durante seu pontificado, Francisco recebeu diversos times e jogadores no Vaticano, promovendo partidas beneficentes e utilizando o esporte como ferramenta de inclusão e solidariedade. Em 2016, organizou um amistoso entre San Lorenzo e Roma para arrecadar fundos para vítimas de um terremoto na Itália.

A morte de Francisco deixa um legado de fé, humildade e amor pelo esporte. Sua paixão pelo futebol, especialmente pelo San Lorenzo, humanizou o papado e aproximou milhões de fiéis ao redor do mundo. Que siga em paz.

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