Dois em cada três brasileiros acreditam que a Seleção Brasileira chegará forte à Copa do Mundo de 2026. A pesquisa realizada pela Nexus a pedido da CBF aponta que 43% dos entrevistados veem o Brasil como favorito ao título, enquanto 23% consideram o time competitivo. Um retrato de confiança que ganha força entre os jovens de 16 a 24 anos, onde 59% apostam no hexa.
O levantamento mostra que o otimismo também é mais alto entre moradores do Sul (53%), pessoas com ensino fundamental (45%) e brasileiros que ganham até um salário mínimo (48%). A percepção positiva, segundo os dados, tem relação direta com a chegada do técnico Carlo Ancelotti, figura central na nova fase da equipe.
O fator Ancelotti
A contratação do italiano é aprovada por 57% dos torcedores, índice que chega a 72% entre os mais jovens. Já a desaprovação aparece com maior peso entre pessoas acima dos 60 anos e de menor escolaridade. Para 53% dos entrevistados, Ancelotti aumenta as chances de título, enquanto apenas 10% veem sua presença como um fator negativo.
Curiosamente, o nome do treinador ainda não é conhecido por todos: 48% identificaram corretamente o técnico da Seleção, enquanto 28% não souberam responder. Mesmo assim, o reconhecimento de Ancelotti é seis vezes maior que o de Dorival Júnior, seu antecessor, e já supera ídolos recentes como Tite e Felipão.
Ciclo inconstante de mudanças
Os números reforçam a relação emocional do brasileiro com o futebol, mas também revelam um componente simbólico: a busca por renovação e confiança após anos de frustração. Com o passaporte carimbado para o Mundial que será disputado nos Estados Unidos, Canadá e México, o Brasil tenta equilibrar tradição e modernidade sob o comando de um técnico que simboliza o que o torcedor mais deseja: estabilidade, estratégia e resultados.
Como resumiu o presidente da CBF, Samir Xaud, o sentimento é de retomada: “O Brasil é o único país que nunca ficou fora de uma Copa e sempre tem desempenhos de destaque. Em 2026 não será diferente — e desta vez com o maior treinador do mundo no banco.”