O gramado do Estádio de Pituaçu, em Salvador, tornou-se o primeiro no Brasil a receber a aplicação de um biofertilizante à base de algas, tecnologia inovadora apresentada durante o Simpósio Inovações Verdes: Tecnologias para Cultivo Sustentável e Conservação do Solo. O evento, realizado pela Sudesb, reuniu especialistas brasileiros e internacionais no Parque de Pituaçu para debater práticas de manejo sustentável.
A aplicação experimental do produto, realizada em áreas específicas do campo, foi acompanhada por pesquisadores dos Estados Unidos, incluindo Tucker Garrigan e Stuart M. Williams, responsáveis pela tecnologia. Segundo Garrigan, o biofertilizante interage rapidamente com o solo, promovendo melhorias visíveis na clorofila em um dia e resultados mais significativos na densidade e cobertura da grama em até dois meses. “Essa tecnologia pode substituir fertilizantes sintéticos, imitando processos naturais de recuperação do solo”, afirmou o pesquisador.
O diretor-geral da Sudesb, Vicente Neto, destacou o caráter experimental da iniciativa, que será avaliada nos próximos seis meses. Caso o biofertilizante se mostre eficaz, ele poderá ser incluído nas futuras licitações de gramados esportivos do estado. Produzido em ambientes controlados, o produto é aplicado de forma natural e sustentável, com potencial para transformar a manutenção de gramados esportivos em práticas mais ecológicas.
A ação reforça o papel de Pituaçu como laboratório de inovações esportivas, conectando tecnologia e sustentabilidade para elevar o padrão dos equipamentos esportivos na Bahia.