O Prime Video anunciou que será o transmissor exclusivo das Finais da NBA 2025-26, além de ampliar seu pacote de jogos no Brasil, México e outros países da América Latina. A plataforma exibirá 147 partidas da temporada regular, além do SoFi Play-In Tournament, fases decisivas da Emirates NBA Cup, os Playoffs e, pela primeira vez, as Finais da NBA.
O movimento reforça a estratégia global da Amazon, que firmou um acordo de 11 anos com a liga norte-americana, e consolida a empresa como protagonista na disputa pelos direitos de transmissão de esportes ao vivo. No Brasil, a parceria já dura quatro temporadas, mas agora atinge um novo patamar, ampliando o alcance e a relevância no mercado.
O impacto no consumo esportivo
A decisão de concentrar jogos de alto valor simbólico no streaming é um sinal claro de transformação cultural. Ao mesmo tempo em que oferece conveniência, comentários em português e acesso a confrontos históricos — como Lakers x Warriors em abril de 2026, com LeBron James e Stephen Curry —, o modelo também limita o alcance de quem não pode pagar por uma assinatura.
Esse ponto gera debate: a democratização do acesso ao esporte caminha na mesma velocidade que sua mercantilização? Para parte da audiência, as plataformas se tornaram um novo muro de entrada, transformando o esporte em produto premium.
O calendário de destaque
A temporada abre em 21 de outubro, com a cerimônia de entrega dos anéis de campeão do Oklahoma City Thunder, que encara o Houston Rockets de Kevin Durant. Na sequência, estão programados duelos de peso, como Timberwolves x Lakers (24/10) e Clippers x Warriors (28/10).
Já a NBA Cup terá rodada dupla em 31 de outubro, com Celtics x 76ers e Lakers x Grizzlies, e decisão em 16 de dezembro, direto de Las Vegas. O pacote ainda inclui partidas em Londres e Berlim e a cobertura da temporada da WNBA, ampliando a presença do basquete feminino no catálogo.
O novo jogo fora da quadra
A exclusividade das Finais no Prime Video marca um divisor de águas para o futuro da mídia esportiva. Com cada vez mais ligas migrando para o streaming, a TV aberta e o cabo perdem espaço. A questão que se impõe é se o público acompanha essa transição — e até que ponto o esporte de massa corre o risco de se tornar um entretenimento de nicho pago.
