O ciclo de Dimitri Payet no Vasco da Gama está muito próximo do fim — e antes do prazo previsto. O meia francês, contratado com grande expectativa em 2023, negocia com a diretoria a rescisão imediata de contrato, que inicialmente se encerraria no dia 31 de julho. A decisão, segundo o CEO Carlos Amodeo, é motivada por questões financeiras e técnicas: o jogador tem o segundo maior salário do elenco e pouco entregou em campo nesta temporada.
Custo alto, retorno baixo
Com R$ 1,3 milhão por mês, Payet só perde para Philippe Coutinho na folha salarial vascaína. Em contrapartida, entrou em campo 17 vezes em 2024, sendo titular em apenas quatro partidas, sem marcar gols e com apenas três assistências. Uma lesão no joelho o afastou desde abril, e ele ainda foi liberado para viajar à França por questões pessoais.
Estratégia para a janela
Ao antecipar a rescisão, o Vasco economiza ao menos um mês de salário e libera espaço na folha para a próxima janela de transferências, que será fundamental para a reestruturação do elenco. O movimento segue a linha adotada pela diretoria nos casos de Souza e Manuel Capasso, também liberados antes do fim do contrato por não estarem nos planos da comissão técnica.
A previsão é que Payet não jogue mais pelo clube. A partida contra o São Paulo, no dia 12 de junho, logo após a Data Fifa, seria sua última chance de atuar com a camisa cruz-maltina — isso se estiver recuperado fisicamente. Após essa data, o calendário do futebol brasileiro será interrompido para a disputa da Copa do Mundo de Clubes.
O saldo da passagem
Contratado em agosto de 2023 como uma espécie de trunfo de marketing e liderança técnica, Payet atuou em 75 partidas, marcou sete gols e deu 12 assistências. O último gol foi no triunfo sobre o Bahia, em outubro do ano passado.