Brasileirão

Sport avança na estruturação da SAF com estudo financeiro inicial

Clube fecha parceria com consórcio para mapear ativos e definir modelo básico antes de buscar investidores

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O Sport Club do Recife deu um passo estratégico rumo à transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O clube selecionou, nesta semana, as empresas que serão responsáveis pelo estudo inicial de estruturação financeira, um processo essencial para desenhar o modelo econômico do futuro clube-empresa e preparar o terreno para futuras negociações com investidores.

O trabalho será conduzido por um consórcio formado por uma instituição financeira e uma empresa de auditoria, cujos nomes ainda não foram divulgados. O contrato está em fase final de elaboração, e o levantamento deve ser concluído em até 30 dias após a assinatura.

A iniciativa, segundo o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Sport, César Caúla, não tem como objetivo imediato encontrar compradores, mas sim estabelecer uma estrutura básica de funcionamento da SAF, mapeando ativos, créditos a receber, direitos econômicos sobre jogadores, receitas com bilheteria, patrocínios e direitos de TV.

“Não é um momento ainda de busca de investidores. É um modelo básico que permitirá posteriormente a comparação das propostas que o clube irá buscar no mercado. É um passo importante para a segurança do processo negocial”

A seleção das empresas respeitou critérios rígidos do estatuto do clube, reformado em outubro de 2023 para viabilizar a SAF. A auditoria precisa ser uma das chamadas “quatro grandes” (Ernest & Young, Deloitte, PwC ou KPMG), e a instituição financeira, um banco de primeira linha como Itaú, Bradesco, Bank of America ou Citibank.

Além do consórcio, o Sport vem sendo acompanhado por escritórios de advocacia especializados e pela consultoria Alvarez & Marsal, além de ter contratado recentemente um advogado especializado em modelagens econômicas. De acordo com Caúla, a transparência será um dos pilares da SAF rubro-negra.

A reforma estatutária que pavimentou esse caminho foi aprovada por 53% dos sócios e estabelece 16 artigos específicos sobre a eventual adesão à SAF. O projeto é visto internamente como um divisor de águas na história do Sport, que busca sustentabilidade e competitividade no futebol brasileiro, sem abrir mão de sua identidade.

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