Em busca de um novo técnico após a demissão de Fábio Carille, o Vasco da Gama sondou Thiago Carpini, atual comandante do Vitória. A abordagem, no entanto, não passou de uma consulta informal: Carpini foi consultado sobre o interesse em um novo projeto, mas deixou claro que não pretende abandonar o trabalho que constrói em Salvador.

O nome favorito da diretoria vascaína, especialmente do presidente Pedrinho, segue sendo Fernando Diniz, ex-Cruzeiro. A conversa com Carpini foi mais uma movimentação de bastidores, sem que o treinador do Vitória fosse tratado como prioridade.

Carpini, que já havia sido procurado pelo Vasco no final de 2024, reafirmou sua postura ética e profissional: disse não querer interromper o ciclo iniciado no Leão, com contrato firmado até o fim da temporada. À frente do clube baiano, o técnico acumula 64 jogos, com 27 vitórias, 18 empates e 19 derrotas — um aproveitamento de 51,6% —, sendo este o trabalho mais longevo de sua ainda jovem carreira.

O Bahia escreveu um capítulo especial em sua história na noite deste domingo (27), ao vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Em uma partida de altíssimo nível técnico e tático, o Tricolor de Aço mostrou maturidade, resistiu à pressão paulista e, nos acréscimos, arrancou o triunfo inédito graças a um golaço de Kayky, coroando um “jogo de xadrez” travado entre Rogério Ceni e Abel Ferreira.

Até então, o Bahia jamais havia vencido no Allianz: em seis visitas, havia acumulado cinco derrotas e um empate. Desta vez, o time baiano não só igualou as forças com o Verdão, como mostrou capacidade de adaptação a cada cenário proposto pelo jogo — sobretudo nas mudanças feitas no segundo tempo.

O primeiro tempo foi de equilíbrio, com o Palmeiras dominando a posse, mas enfrentando uma defesa baiana sólida e bem posicionada. Erick Pulga, sempre escapando em velocidade, foi a principal válvula de ataque do Bahia, enquanto Caio Alexandre se destacou pelos passes verticais, quebrando as linhas alviverdes.

Na volta do intervalo, o Palmeiras apostou nas entradas de Estêvão e Vitor Roque, e aumentou o volume ofensivo. Rogério Ceni respondeu rapidamente e reorganizou o meio-campo para manter o duelo controlado. Entraram Erick, Cauly e Lucho Rodriguez de uma só vez. E logo depois, Kayky foi para campo de jogo na vaga de Ademir. O Bahia sofreu em alguns momentos, mas soube se defender e, nos minutos finais, exibiu sua maturidade: em jogada bem construída, Kayky tabelou com Cauly e teve a calma necessária para encobrir Weverton com uma cavadinha precisa, garantindo a vitória.

Com o resultado, o Bahia salta para a 7ª posição da tabela e reforça sua confiança para os próximos desafios. O Tricolor volta a campo pelo Brasileirão no sábado, às 21h, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, contra o Botafogo. Antes disso, porém, o time tem compromisso pela Copa do Brasil: encara o Paysandu, quarta-feira (30), em Belém.

O Palmeiras, por sua vez, perde a liderança do campeonato e concentra suas atenções no Ceará, pela Copa do Brasil, também na quarta.

O Vitória buscou o empate por 1 a 1 contra o Grêmio, na noite deste domingo (27), no Barradão, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Num duelo travado, de muita disputa física e pouca inspiração, os gols saíram em lances de bola parada: Jemerson abriu o placar para os gaúchos, e Carlinhos, de cabeça, igualou para o Rubro-Negro.

O resultado mantém as duas equipes na parte de baixo da tabela. O Vitória soma agora seis pontos, ocupando a 16ª colocação, enquanto o Grêmio, com cinco, segue na zona de rebaixamento, em 18º.

O primeiro tempo teve o Grêmio mais eficiente: mesmo com poucas oportunidades criadas, aproveitou falta cobrada na área para Jemerson, livre, marcar. Com a vantagem, o time de Mano Menezes recuou, apostando nos erros do adversário, mas viu o Vitória dominar a posse sem conseguir transformar o volume em finalizações perigosas.

No intervalo, o técnico Thiago Carpini mexeu bem e trouxe mais agressividade ao Rubro-Negro. A entrada de Carlinhos se mostrou decisiva: aos 19 minutos, o centroavante subiu mais que a defesa adversária e, de cabeça, deixou tudo igual. Depois do empate, o Vitória ainda teve chance de virar, mas pecou nas finalizações.

Um ponto lamentável da noite foi a paralisação da partida por gritos homofóbicos vindos da torcida rubro-negra, direcionados ao zagueiro Wagner Leonardo, ex-Vitória e hoje no Grêmio — um triste episódio que volta a manchar o ambiente do futebol.

Agora, o Leão terá a semana cheia de treinos para tentar corrigir os problemas e buscar a recuperação no próximo sábado (3), diante do Ceará, fora de casa. Já o Grêmio volta a campo antes: encara o CSA, quarta-feira (29), pela terceira fase da Copa do Brasil, em Maceió.