Na saúde

Acupuntura e algologia ganham espaço no esporte como aliadas no combate à dor crônica

Avanços terapêuticos e abordagens multidisciplinares estão ajudando atletas a manter o rendimento e qualidade de vida

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A dor é um dos maiores inimigos de quem vive o esporte. Mas, cada vez mais, ciência e medicina se unem para transformar essa relação. No Dia Mundial de Combate à Dor, celebrado em 17 de outubro, o alerta ganha força também no universo esportivo, onde o controle da dor é essencial para prolongar carreiras e prevenir lesões graves.

Referência nacional no tema, o Dr. Walter Viterbo, anestesiologista, acupunturiatra e algologista com mais de 30 anos de atuação, reforça que a dor precisa ser tratada como doença e não apenas sintoma. Segundo ele, a algologia, especialidade médica voltada ao estudo e tratamento da dor, e a acupuntura, reconhecida pela OMS, têm papel central em protocolos que devolvem a funcionalidade e o bem-estar de atletas e praticantes de atividade física.

“Muitos pacientes chegam ao consultório após anos de sofrimento, acreditando que a dor era ‘normal’ ou ‘psicológica’. Nosso papel é mostrar que há diagnóstico, ciência e tratamento eficaz”

Entre os avanços mais relevantes estão os procedimentos minimamente invasivos, como bloqueios de nervos guiados por imagem e radiofrequência, usados em casos de dores na coluna ou nas articulações. Outro campo promissor é o da medicina regenerativa, que utiliza terapias como o plasma rico em plaquetas (PRP) para estimular a recuperação de tecidos — recurso cada vez mais adotado em clubes e centros de reabilitação esportiva.

A acupuntura, por sua vez, consolida-se como ferramenta complementar de alto impacto. Estudos mostram que ela atua diretamente no controle da dor e na redução da inflamação, sem os efeitos colaterais dos analgésicos convencionais. Para atletas submetidos a treinos intensos, essa abordagem integrativa é valiosa tanto na recuperação física quanto no equilíbrio mental.

Dr. Viterbo lembra que o tratamento da dor deve ser multidisciplinar, unindo fisioterapia, psicologia, medicina e estratégias de estilo de vida. “Precisamos quebrar o tabu em torno da dor crônica, incentivar os pacientes a procurarem especialistas e garantir o acesso a tratamentos modernos e seguros. Ninguém precisa viver com dor”, conclui.

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