O sonho de ver Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira chegou ao fim. Após meses de negociações silenciosas, a CBF anunciou o encerramento das conversas com o técnico italiano. O motivo? O Real Madrid, que decidiu dificultar a liberação e se recusou a pagar a multa rescisória prevista para a saída antecipada do treinador, com contrato até junho de 2026.

O cenário, que parecia propício após a eliminação do clube espanhol na Champions League e o tropeço na Copa do Rei, rapidamente se tornou um impasse jurídico e financeiro. Ancelotti aceitava deixar Madri, mas queria sair com o bolso protegido. Florentino Pérez, ao saber do acordo verbal com a CBF, bateu o pé: ou sai de graça ou cumpre o contrato.

Sem acordo, a Seleção vira a página e mira agora em Jorge Jesus, treinador do Al-Hilal, da Arábia Saudita. O nome do português, que já conquistou espaço no coração do torcedor brasileiro desde a passagem vitoriosa pelo Flamengo, ganha força nos bastidores da CBF.

O tempo, no entanto, é curto. A lista preliminar de convocados para os jogos contra Equador (5 de junho) e Paraguai (10 de junho) precisa ser enviada à FIFA até o dia 18 de maio. A definição final dos 23 convocados, por sua vez, ainda pode esperar o encerramento da temporada europeia. Ednaldo Rodrigues insiste que o novo técnico assuma já com a missão de liderar as escolhas.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) encerrou 2024 celebrando cifras inéditas: R$ 1,5 bilhão em receitas e, pela primeira vez na história, mais de R$ 1 bilhão investidos diretamente no futebol. Os números, apresentados em balanço financeiro divulgado nesta terça-feira (29), confirmam a força econômica da entidade, mas também colocam em xeque a efetividade desse poder na construção de um futebol mais estruturado, justo e acessível.

Com superávit de R$ 107 milhões e ativos que ultrapassam R$ 3,6 bilhões, boa parte alavancados por uma renovação contratual bilionária com a Nike (R$ 1,3 bilhão em antecipações), a entidade comandada por Ednaldo Rodrigues projeta ainda mais para 2025: R$ 2,25 bilhões em receitas e R$ 1,6 bilhão em investimentos no futebol nacional.

Entre os principais destinos do dinheiro em 2024 estiveram os campeonatos nacionais e iniciativas de fomento, que receberam R$ 734 milhões — um aumento de 39% em relação a 2023. A CBF também ampliou seu alcance social, com R$ 19,5 milhões destinados a clubes e à federação do Rio Grande do Sul em apoio às enchentes que atingiram o estado, além de R$ 155 milhões arrecadados em tributos.

O futuro do Bahia segue promissor — e a categoria Sub-17 acaba de provar isso mais uma vez. Na tarde desta terça-feira (29), o Tricolor venceu o São Paulo por 1 a 0 no Canindé, em São Paulo, e carimbou o passaporte para a grande final da Copa do Brasil da categoria. O gol solitário de Andrew, logo aos dois minutos, selou a classificação após o empate por 4 a 4 na partida de ida, em Salvador.

A campanha é histórica, mas não por acaso. O time mostrou maturidade diante de um adversário tradicional e longe de casa. Mesmo após o gol cedo, o Bahia soube suportar a pressão são-paulina, com direito a bola na trave, e ainda criou chances claras para ampliar — em chutes de Dell no primeiro tempo e cobrança de falta de Ruan Pablo no segundo.

Com o resultado, o Esquadrão vai encarar o Vasco na grande final. O time carioca, que atropelou o Flamengo com um agregado de 7 a 2, tem a vantagem do mando de campo na decisão, que será em jogo único no Rio de Janeiro, ainda sem data definida pela CBF.