Dançar pode ser muito mais do que lazer ou expressão cultural. Um estudo publicado na revista Sports Medicine, com base em uma análise da Universidade de Sydney, mostra que a dança estruturada tem efeitos amplos e consistentes na saúde física e mental, com destaque para ganhos cognitivos e emocionais em pessoas de diferentes idades e condições.
A pesquisa comparou os benefícios da dança a exercícios físicos mais tradicionais, como os de força ou resistência, e concluiu que ela pode ser tão eficaz quanto — ou até mais — em aspectos como autoestima, motivação, cognição social, memória e redução do sofrimento emocional. Segundo o estudo, a prática regular de dança também melhora a mobilidade, o equilíbrio e o bem-estar de pessoas com doenças como o Parkinson.
Para Allan Lacerda, coordenador da Rede Alpha Fitness, essa abordagem quebra paradigmas. “A dança é uma opção acessível para qualquer pessoa, em qualquer nível de condicionamento. Ela une movimento, música e prazer — o que favorece a adesão e o engajamento ao longo do tempo.”
Além do impacto fisiológico, o estudo aponta que a dança cria espaços de interação, pertencimento e rede de apoio, fatores-chave na prevenção de problemas como depressão e declínio cognitivo associados ao isolamento social.
Incorporar a dança a rotinas de cuidado com a saúde — inclusive em programas terapêuticos — pode ser uma estratégia mais completa, pois trabalha corpo, mente e emoções em sinergia. Em vez de apenas combater sintomas, a dança promove conexões e estimula a alegria, que também são parte da cura.