O whey protein, amplamente utilizado por quem busca aumento de massa muscular, redução de gordura corporal e recuperação pós-treino, ainda é alvo de questionamentos, especialmente sobre seu impacto no fígado. Segundo Bruna Lima, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, não há evidências científicas de que o suplemento cause danos ao órgão. No entanto, o consumo em excesso de proteínas pode sobrecarregar tanto o fígado quanto os rins, reforçando a importância de acompanhamento profissional.
Para pessoas com problemas hepáticos, o whey também não é contraindicado, desde que haja avaliação especializada. “A dose ideal varia conforme o perfil de cada indivíduo, seja atleta de alta performance, amador ou alguém com uma rotina de treinos esporádicos”, explica Bruna. Apesar da segurança do suplemento, é essencial que o consumo seja adequado às necessidades de cada pessoa, especialmente em casos de condições renais.
O perigo está no exagero
Embora o whey protein, consumido de forma equilibrada, não represente riscos significativos, o excesso pode gerar desconfortos como acne e problemas gastrointestinais. Além disso, o corpo excreta o excedente de proteínas pela urina, tornando o abuso do suplemento ineficiente e desnecessário.
Bruna alerta ainda que outros suplementos, como vitamina A, complexo B e vitamina E, podem impactar o fígado e o organismo quando ingeridos de forma inadequada. Por isso, a orientação nutricional é indispensável.
Com o aumento de 25% no consumo de suplementos no Brasil em 2022, segundo dados da ABIAD, a conscientização sobre o uso responsável é essencial. Para extrair o melhor dos suplementos sem colocar a saúde em risco, o caminho é claro: buscar orientação profissional e evitar excessos.