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Brasileirão

Casas de apostas dominam patrocínios e mudam a cara da Série A

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O futebol brasileiro entrou de vez em uma nova era. Pela primeira vez na história, a elite da bola nacional ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão em receitas com patrocínios, consolidando 2023 como um ano de virada no mercado esportivo. E o motor dessa transformação tem nome e sobrenome: casas de apostas.

De acordo com levantamento da SportsValue, os 20 clubes da Série A movimentaram R$ 1,18 bilhão em contratos de patrocínio — um salto de 32% em relação a 2022. Quase 40% desse montante vieram de acordos com empresas do setor de apostas esportivas. Mais do que números, o dado expõe uma nova lógica: os clubes trocaram a pulverização de marcas por uma dependência crescente de um único segmento econômico, que hoje domina desde o patrocínio máster de 18 dos 20 times, até placas, backdrops e cotas de transmissão.

Esse avanço avassalador redesenha o cenário comercial do futebol no Brasil. “O que estamos vivendo não é uma onda comum, como já vimos com alimentos ou telecom. As casas de apostas romperam modelos tradicionais e ocupam, ao mesmo tempo, quase todos os espaços publicitários de uma partida”, explica Fernando Paz, CEO da Soho Sports.

Na visão do executivo, o movimento representa uma mudança estrutural, que desafia os antigos padrões de exclusividade e impõe aos clubes a necessidade de se adaptar a uma realidade mais plural e, ao mesmo tempo, mais complexa. “Estamos diante de uma nova era, com marcas que investem pesado, exigem profissionalismo e jogam com régua internacional”, afirma.

A entrada em massa das casas de apostas acontece em meio à regulamentação do setor pelo governo federal, o que deve trazer ainda mais clareza — e disputa — por espaços. Mas também levanta questionamentos éticos e preocupações sobre a influência excessiva desse tipo de empresa no esporte, sobretudo em um ambiente onde os escândalos de manipulação de resultados ainda rondam os bastidores.

Apesar das polêmicas, a verdade é que o dinheiro mudou de patamar — e os clubes, pressionados por déficits e por um calendário competitivo cada vez mais intenso, abraçaram o novo investidor de forma quase unânime.

O desafio agora é garantir que esse boom seja o gatilho para uma profissionalização duradoura, com governança, responsabilidade e diversificação de receitas. Porque, se por um lado o futebol virou vitrine preferida das apostas, por outro, a aposta mais arriscada talvez seja depender tanto de um único setor.

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Vitória empata com o Sport em jogo com emoção até o último minuto

Romarinho brilha com dois gols e frustra torcida rubro-negra nos acréscimos em Salvador

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O que parecia uma vitória suada do Vitória diante do Sport se transformou em mais um capítulo dramático do Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, no Barradão, baianos e pernambucanos empataram por 2 a 2, em uma partida marcada por intensidade, chances claras, viradas e dois gols nos acréscimos — o último deles, de Romarinho, aos 53 minutos do segundo tempo.

O primeiro tempo mostrou equilíbrio e ousadia. O Vitória teve mais posse e volume ofensivo, com boas chegadas de Renato Kayzer, Matheuzinho e Willian Oliveira. A melhor chance foi de Erick, em chute de fora da área que explodiu no travessão. O Sport, por sua vez, apostou nos contra-ataques e na bola aérea. Ramirez e Derik obrigaram Lucas Arcanjo a trabalhar, enquanto Ramon e o próprio Derik levaram perigo pelo alto.

A etapa final manteve o ritmo acelerado. O Vitória abriu o placar aos 8 minutos, com Erick, após jogada construída na raça por Kayzer e Cáceres. A vantagem, no entanto, não durou até o fim. Aos 43, Romarinho empatou após escanteio confuso. O Vitória ainda retomou a frente aos 48, com Renzo López aproveitando cruzamento de Ronald. O gol foi confirmado após análise do VAR.

Mas o Barradão silenciou aos 53 minutos, quando Romarinho voltou a aparecer, se antecipando à zaga baiana para completar cruzamento de Matheusinho e decretar o empate por 2 a 2.

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Sport chega a quatro meses sem vencer e segue afundado na lanterna da Série A

Time pernambucano enfrenta o Vitória nesta quarta tentando interromper jejum de 16 jogos sem triunfos

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O Sport entra em campo nesta quarta-feira (23), contra o Vitória, no Barradão, pressionado por uma marca incômoda: já são quatro meses sem vencer uma partida oficial. A última vitória do time rubro-negro aconteceu no dia 22 de março, quando derrotou o Retrô por 3 a 2, na ida da final do Campeonato Pernambucano. Desde então, são 16 partidas sem triunfos, somando 12 derrotas e 4 empates.

Apesar da seca, o clube ainda conquistou o título estadual — nos pênaltis, após empate na volta da decisão. Foi o único respiro num período que inclui eliminações na Copa do Nordeste e uma campanha desastrosa na Série A do Brasileirão. Com apenas três pontos conquistados, o Sport é o lanterna da competição. Após a pausa para a Copa do Mundo de Clubes, a equipe perdeu para Juventude (2 a 0) e Botafogo (1 a 0) — este último resultado sofrido nos acréscimos, em plena Arena de Pernambuco.

Na tentativa de reverter o cenário, o técnico Daniel Paulista, recém-chegado, vem promovendo mudanças no elenco com a chegada de reforços e busca por uma formação mais equilibrada. Até o momento, não há um time-base definido. O desafio da vez será contra o Vitória, que ocupa a 15ª posição, com 15 pontos.

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Juventude tem a pior defesa das Séries A, B e C do Brasileirão

Equipe de Caxias do Sul foi goleada por Cruzeiro, Flamengo e Fortaleza e tenta reagir com técnico novo

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O Juventude vive um momento crítico na Série A do Campeonato Brasileiro. Com a goleada sofrida por 4 a 0 diante do Cruzeiro, no último domingo (20), no Mineirão, o time passou a ter a pior defesa entre todas as equipes das Séries A, B e C do Brasileirão. Já são 28 gols sofridos em apenas 13 jogos, uma média alarmante de 2,15 por partida.

A equipe comandada por Claudio Tencati, que assumiu o cargo na 9ª rodada, tenta conter a fragilidade defensiva desde a saída de Fábio Matias, após a goleada por 5 a 0 para o Fortaleza, no Presidente Vargas. Antes disso, o Juventude também havia sido massacrado pelo Flamengo por 6 a 0, no Maracanã.

A única vez que a equipe passou ilesa foi nas vitórias por 2 a 0 sobre o Vitória e sobre o Sport, ambas em casa. “Os defensores têm que se reunir e dizer: ‘não vamos tomar gol’”, resumiu Tencati após o triunfo sobre os pernambucanos. Mas no Mineirão, mesmo com a tentativa de renovar o miolo de zaga com Caíque e Hudson, a estrutura desabou logo após o primeiro gol sofrido.

O Juventude lidera o ranking de defesas mais vazadas do Brasileirão considerando as três divisões. Atrás dele vêm Sport (21 gols), Grêmio e Fortaleza (20 gols) na Série A. Na Série B, o pior índice é do Athletic (24 gols) e, na Série C, Maringá e Confiança dividem o topo negativo com 19 gols.

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