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Pilates pode aliviar hérnia de disco? Especialistas explicam benefícios e cuidados

Atividade fortalece a coluna, melhora mobilidade e pode reduzir dores, mas exige acompanhamento profissional

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O pilates tem conquistado cada vez mais adeptos no mundo ao propor uma conexão entre corpo e mente capaz de melhorar coordenação motora, equilíbrio, postura e flexibilidade. Mas surge uma dúvida comum: quem tem hérnia de disco pode praticar a modalidade?

A resposta é sim — desde que haja adaptações e acompanhamento especializado. Segundo a fisioterapeuta Ana Paula Pessanha, do Hospital Santa Catarina Paulista, movimentos precisam respeitar os limites do praticante. “Algumas restrições podem ser necessárias no início, mas podem ser revistas conforme o aluno adquire habilidade em executar os exercícios sem dor”, explica.

O fortalecimento do core, grupo de músculos que sustenta a coluna, é apontado como prioridade para quem convive com o problema. Esse trabalho reduz a sobrecarga nas vértebras e auxilia no alívio dos sintomas.

Tipos de hérnia e impacto no pilates

Existem três classificações: protusa (mais comum e associada ao desequilíbrio muscular), extrusa e sequestrada. Os dois últimos quadros tendem a provocar maior dor e limitação, exigindo atenção redobrada no treinamento.

Apesar disso, o pilates é considerado seguro e acessível a todas as idades. “Não é a juventude que determina o sucesso, mas a regularidade e a qualidade da prática. Há idosos muito mais ágeis do que jovens sedentários”, destaca Pessanha.

Resultados e tempo de resposta

A melhora varia de acordo com fatores como frequência, grau da hérnia e adaptação do aluno. Em casos de comprometimento leve, é possível sentir redução da dor e ganho de mobilidade já nos primeiros meses.

Hérnia de disco: causas e sintomas

A condição, comum entre 30 e 60 anos, ocorre pelo deslocamento do disco intervertebral e pode atingir as regiões lombar, torácica ou cervical. Os principais fatores de risco são sedentarismo, sobrecarga de peso, postura inadequada e até excesso de treino. Entre os sintomas estão dores nas costas, queimação e formigamento.

Expansão do pilates no mundo

Embora o Brasil não tenha números oficiais, a modalidade cresce globalmente. Estimativas apontam mais de 15 milhões de praticantes no mundo, com forte presença entre mulheres das classes A e B. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de adeptos cresceu 471% entre 2000 e 2008, segundo a Sporting Goods Manufacturers Association.

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