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Na saúde

Aplicativos de treino: aliados contra o sedentarismo ou ameaça às academias?

Ferramenta cresce e adapta o mercado fitness às demandas da vida moderna, mas ainda levanta dúvidas

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Os aplicativos de treino estão em alta no mundo fitness, transformando a forma como as pessoas se exercitam e combatem o sedentarismo. O modelo ganhou força e popularidade há alguns anos, principalmente durante o período da pandemia. Segundo o relatório do American College of Sports Medicine (ACSM), essas plataformas passaram da sétima para a segunda posição entre as principais tendências do mercado em apenas um ano. A praticidade de treinar em casa ou em qualquer lugar atrai cada vez mais adeptos, especialmente em um país onde 47% da população adulta é sedentária, segundo o IBGE.

Além de incentivar uma vida mais ativa, os aplicativos oferecem soluções personalizadas e acessíveis, acompanhando a demanda por flexibilidade e economia de tempo. “O mercado está se adaptando às novas demandas, com consumidores buscando comodidade e eficiência”, explica Pedro Cruz, CEO da Tecnofit. No entanto, o crescimento dessas plataformas coincide com uma desaceleração temporária na presença de alunos nas academias, um movimento considerado normal pelo setor, mas que reforça a necessidade de adaptação contínua.

A tendência levanta questões sobre a segurança e a eficácia dos treinos online, já que a ausência de supervisão presencial pode trazer riscos, especialmente para iniciantes. Ainda assim, com um mercado em constante transformação, aplicativos de treino mostram-se aliados potenciais para quem busca equilíbrio entre tecnologia e saúde, consolidando-se como ferramentas que moldam o futuro do fitness.

Na saúde

Musculação contra a demência: ciência reforça que treinar o corpo é também cuidar do cérebro

Estudo brasileiro mostra que atividade física com sobrecarga protege áreas cerebrais e pode retardar avanço da demência em idosos

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A ciência tem uma nova razão para que os idosos abracem os pesos — e ela vai muito além da força muscular. Um estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (Brainn), ligado à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), revelou que a musculação pode ter um papel importante na prevenção da demência. Ao treinar o corpo, os idosos estariam também preservando o cérebro.

A pesquisa acompanhou pessoas com comprometimento cognitivo leve — uma fase que pode anteceder doenças como o Alzheimer — e descobriu que a prática de musculação duas vezes por semana, em intensidade moderada a alta, ajudou a manter preservadas regiões como o hipocampo e o pré-cúneo, áreas diretamente ligadas à memória e à atenção. Além disso, os cientistas observaram melhorias na substância branca do cérebro, essencial para a comunicação entre os neurônios. Segundo Allan Lacerda, coordenador da Rede Alpha Fitness, os benefícios vão além do físico.

“Os trabalhos com sobrecarga, seja com peso livre, elásticos ou o próprio peso do corpo, têm mostrado impactos positivos também na cognição e na saúde global dos praticantes”, afirma.

Os dados dialogam com o Relatório Nacional sobre a Demência, lançado pelo Ministério da Saúde, que estima que o Brasil deve saltar de 2,71 milhões para 5,6 milhões de idosos com demência até 2050. O mesmo relatório aponta que quase metade desses casos poderia ser evitada com mudanças no estilo de vida, incluindo a prática regular de atividades físicas como a musculação.

Especialistas reforçam que o trabalho com o público idoso precisa ser multidisciplinar, envolvendo médicos, fisioterapeutas e educadores físicos para garantir segurança e eficiência. A recomendação é clara: quanto antes a prática for incorporada à rotina, melhor. É a força do corpo trabalhando, literalmente, a favor da mente.

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Na saúde

15 minutos por dia: o exercício como aliado natural contra ansiedade e mau humor

Pesquisa internacional mostra que pequenas doses de atividade física são capazes de transformar a saúde mental

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Pode parecer pouco — e até improvável —, mas 15 minutos de exercícios por dia são suficientes para melhorar o humor, reduzir a ansiedade e até prevenir sintomas de depressão. A constatação vem de um estudo global encomendado pela marca esportiva Asics, com mais de 37 mil pessoas em 16 países, incluindo o Brasil.

A pesquisa, batizada de State of Mind Index, revelou que apenas 15 minutos e 9 segundos de atividade física diária já produzem efeitos comparáveis aos de medicamentos usados no tratamento de transtornos mentais — mas sem os efeitos colaterais. O segredo está na estimulação de áreas cerebrais como o hipocampo e o córtex pré-frontal, responsáveis por funções como memória, aprendizado, foco e regulação emocional.

Para o pesquisador britânico Brendon Stubbs, líder do estudo e autor de mais de 200 artigos científicos sobre o tema, o movimento do corpo ativa mecanismos neurobiológicos, imunológicos e psicológicos que nenhum remédio consegue replicar. “Mente e corpo foram feitos para o movimento”, afirma.

E não importa qual atividade: caminhada, corrida, esportes coletivos ou treino de resistência — qualquer forma de movimento conta. Os benefícios vão além da mente: há melhora do sono, fortalecimento dos ossos, estímulo ao sistema imunológico e prevenção de doenças.

A pesquisa reforça um conceito simples, mas poderoso: qualidade de vida e saúde mental não exigem maratonas, mas constância. Um pequeno intervalo no dia, dedicado ao movimento, pode ser o primeiro passo para transformar corpo e mente.

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Na saúde

Entenda como a saúde bucal é aliada da performance esportiva

Estudos mostram como a odontologia esportiva pode ser o diferencial entre o alto rendimento e o baixo desempenho

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Um atleta de alto rendimento costuma ter sua rotina milimetricamente planejada: treinos intensos, alimentação regrada, sono de qualidade e foco total no desempenho. Mas e os dentes? Poucos incluem a saúde bucal nesse roteiro — e esse descuido pode custar caro.

Mais do que um detalhe estético, a condição odontológica de um atleta influencia diretamente seu desempenho físico, emocional e até nutricional. Uma dor de dente no dia da competição, a dificuldade para mastigar pela ausência de dentes ou até uma infecção bucal silenciosa podem afetar o corpo inteiro, comprometendo treinos, jogos e até a carreira esportiva.

“A saúde da boca tem impacto direto no corpo. Problemas dentários afetam a digestão, a absorção de nutrientes e podem até gerar dores articulares por infecções periodontais”, explica o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental e membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry).

Protetor bucal é para todos — e não só para quem luta

Se engana quem pensa que o uso de protetores bucais se limita a esportes de impacto como o boxe. Segundo Todescan, atletas de musculação, crossfit ou até corrida também estão sujeitos a desgastes causados pelo apertamento involuntário dos dentes durante o esforço físico. O resultado pode ir de trincas a dores crônicas na articulação da mandíbula. Hoje, já existem modelos desenvolvidos para diferentes níveis de intensidade e tipo de prática esportiva.

“Esses dispositivos reduzem o risco de lesões, controlam o bruxismo e contribuem para a longevidade esportiva. Mas é fundamental que o uso seja indicado por um dentista, de acordo com as necessidades do atleta”, afirma o especialista.

Autoestima e imagem pública também entram em campo

O impacto da saúde bucal não se limita ao desempenho físico. A perda de dentes ou retrações gengivais, por exemplo, podem afetar a autoestima do atleta, influenciando seu comportamento em entrevistas, eventos e até na interação com torcedores. O sorriso, afinal, também faz parte da imagem que o esportista projeta.

“Não se trata apenas de evitar dor. Trata-se de manter o atleta saudável, confiante e pronto para competir em alto nível”, defende Todescan. Para ele, a odontologia esportiva precisa integrar os cuidados de performance, com prevenção e acompanhamento regular, como já ocorre com outras áreas da medicina esportiva.

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