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Efemérides da Semana (16 a 23/11/2024)

Hoje é dia de relembrar as datas importantes que marcaram a semana

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Jorge Wagner Góes Conceição (Feira de Santana, 17 de novembro de 1978): De Feira de Santana para o mundo, ao firmar-se como titular no Bahia, em 2000, Jorge Wagner surgiu no cenário nacional com seu futebol clássico aliado à uma perna esquerda afiada. Com passagens por vários clubes dentro e fora do Brasil, tornou-se Multicampeão, destacando-se o Bi-Brasileiro pelo São Paulo (2007/08) e a Libertadores pelo Inter (2006).

Gol 1000 de Pelé (19/11/1969): No dia da Bandeira, há 55 anos do milésimo, era marcado de pênalti, no Maracanã (Rio de Janeiro), o milésimo gol do Rei do Futebol. Aos 33 do 2° Tempo, Pelé sofre penalidade máxima e as 80 mil pessoas, presentes ao estádio gritam, em uníssono, seu nome. Anos mais tarde, Ele escreveria em sua autobiografia que “O pênalti era a maneira mais covarde de se marcar”, mas era o que tinha para aquele dia e não poderia fugir à responsabilidade. Portanto, às 23:23, bateu no canto esquerdo de Andrada, goleiro do Vasco, que até acertou o canto, mas não poderia fazer. Tinha que ser daquela forma, pois com a bola parada na marca da cal, todos poderiam parar e olhar, sem piscar, sendo testemunhas oculares da História.

Ronaldo Soares Giovanelli (São Paulo, 20 de novembro de 1967): Entre base e profissional, Ronaldo atuou pelo Corinthians por quase 20 anos, sendo o segundo goleiro que mais vezes vestiu a camisa do Timão e o quarto jogador que mais jogou pelo clube (602 jogos) onde foi Campeão Paulista, Brasileiro e da Copa do Brasil. Rodou por várias equipes do Brasil sendo convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa América de 1991. A música é outra de suas paixões chegando a gravar alguns discos e, hoje, é Comentarista do Grupo Bandeirantes.

Ricardo Rogério de Brito (Lavras-MG, 22 de novembro de 1961): Alemão começou a carreira no Fabril-MG, mas foi no Botafogo que se destacou, sendo convocado para a Seleção Brasileira, partindo para o futebol europeu, fazendo história no Napoli, ao lado de Maradona e Careca, ao vencer o Campeonato Italiano e a Copa da UEFA. Com a camisa Canarinho, disputou os Mundiais de 1986 e 1990, além de ganhar a Copa América 1989

Valdir Joaquim de Moraes (Porto Alegre, 23 de novembro de 1931 — Porto Alegre, 11 de janeiro de 2020): Considerado um dos melhores goleiros da história do Palmeiras, Valdir Joaquim de Moraes vestiu por 482 vezes a camisa do clube. Com seu 1,70m seria considerado baixo para os goleiros da atualidade, mas compensava com reflexo e agilidade. Foi o pioneiro no Brasil na função de Treinador de Goleiros fazendo escola para a chegada de novos profissionais.

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Bahia e Vitória de volta ao futebol virtual no FC 26

Após anos afastados, rivais baianos reaparecem juntos no game com uniformes e escudos oficiais

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Depois de um longo período sem dividirem espaço no futebol virtual, Bahia e Vitória estão oficialmente de volta no FC 26, novo jogo da EA Sports. Graças à parceria com a Conmebol, os clubes brasileiros que participam da Libertadores e da Sul-Americana tem presença garantida também no Ultimate Team, com direito a escudo e uniformes licenciados. A novidade reacende o entusiasmo dos torcedores, que agora poderão jogar com seusntimes do coração no jogo.

O Bahia está no game por ter participado da Libertadores este ano, enquanto o Vitória retorna como integrante da Copa Sul-Americana. Essa inclusão recoloca o clássico Ba-Vi também no cenário virtual, também era aguardado pelos fãs das duas equipes. Mesmo com jogadores genéricos, a possibilidade de entrar em campo com os símbolos e uniformes oficiais já é motivo de comemoração.

Além dos rivais baianos, outros clubes brasileiros também marcam presença no game, como Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Grêmio, Atlético-MG, Botafogo, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Corinthians e Cruzeiro. As novidades incluem também o Vasco na Sul-Americana, enquanto Athletico-PR, Cuiabá e Red Bull Bragantino ficam de fora nesta edição.

Confira algumas fotos do clássico virtual:

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FC 26 pode marcar a reaproximação com o futebol brasileiro

Após anos de ausência, a possibilidade da volta dos times da Série A ao game da EA reacende o interesse dos jogadores no Brasil

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A cada ano, quando a EA Sports lança um novo jogo da sua franquia de futebol, carrego uma frustração silenciosa: a ausência realista dos times brasileiros. Desde o FIFA 16 não vejo meus clubes favoritos com elencos autênticos, escudos licenciados e uniformes atualizados. Mesmo com algumas aparições nas versões recentes, elas se limitam a nomes genéricos e jogadores irreconhecíveis. Agora, com os rumores em torno do FC 26, essa ausência pode finalmente ter um ponto final. A possibilidade de voltar a jogar com os times brasileiros completos, como eram antes, reacende não só a nostalgia, mas também o envolvimento com o game.

O retorno parece estar sendo construído a partir de uma reestruturação das negociações. No Brasil, diferentemente da Europa, os direitos de imagem dos atletas são tratados de forma individual, exigência da Lei Pelé. Isso sempre dificultou a presença oficial dos clubes no jogo, já que não é possível fechar um único contrato com uma liga nacional. Com a formação dos blocos Libra e LFU (Liga Forte União), os clubes passaram a ter representação coletiva, o que abriu caminho para a proposta da EA à CBF — que hoje está sob avaliação. Se for aceita, a tendência é que não apenas os times, mas também a Seleção Brasileira retornem com todos os elementos licenciados.

O que me chama atenção nesse processo é o potencial de impacto no mercado de games no Brasil. A ausência dos clubes locais sempre deixou o jogo com um vazio para o público brasileiro. A concorrência, como o E-Football, conseguiu avançar ao fechar acordos individualizados. Agora, com a EA retomando esse movimento, há a expectativa de que pelo menos 12 clubes da Série A estejam presentes já no FC 26. Nomes como Corinthians, Vasco, Fluminense e Internacional aparecem nos rumores divulgados por perfis especializados como o FUTSheriff e o FGZ News, reforçando que as negociações estão avançando.

Ainda é cedo para comemorar, mas como jogador e torcedor, fico atento a cada novo vazamento e especulação. A proposta nas mãos da CBF e o interesse declarado por parte das ligas mostram que a volta está próxima, mesmo que parcial. Se tudo caminhar como previsto, a edição 2026 pode marcar um novo capítulo no relacionamento entre os jogadores brasileiros e o game. Ter meus clubes no jogo, com atletas reais e identidade visual respeitada, vai além da diversão — é também reconhecimento cultural e de mercado.

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Surfar depois dos 40: uma nova onda de consciência

Carioca Phil Rajzman, tricampeão mundial de longboard, afirma que é muito mais libertador surfar agora

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por Phil Rajzman *

Surfar aos 40 anos é uma experiência diferente. Já não é mais só sobre performance, vitórias ou títulos — é sobre significado de vida.

Depois de três décadas remando atrás de ondas ao redor do mundo, minha relação com o surfe foi se transformando naturalmente. Começou como uma brincadeira de criança, virou profissão, paixão e, mais recentemente, cura. No final de 2023, fui diagnosticado com câncer. Passei o ano de 2024 em tratamento. Em meio aos desafios físicos e emocionais, o surfe foi meu ponto de equilíbrio. O mar se tornou meu templo.

Mesmo ainda em remissão, tive forças para competir e vencer, em abril, a etapa de Saquarema, do circuito sul-americano da WSL (REMA WSL Saquarema Surf Festival). Uma vitória que não foi apenas esportiva — foi existencial. Cada onda agora tem um outro valor. A energia que troco com o oceano carrega mais do que técnica: carrega gratidão.

Aos 40, a gente entende o corpo com mais profundidade. As manobras mais explosivas exigem cuidados maiores, trocas rápidas de direção. Tudo isso pede respeito aos limites. Mas, ao mesmo tempo, a mente está mais afiada, o estilo mais refinado e a leitura do mar mais precisa. A técnica evolui com o tempo, e isso é libertador.

Minha preparação física hoje é mais equilibrada: yoga, treino funcional, musculação leve, respiração e meditação. Valorizo o descanso e a alimentação. Não busco mais o corpo de um atleta no auge. Busco saúde e longevidade. Quero continuar surfando não só bem, quero continuar surfando sempre.

Meu surfe mudou muito. Evoluiu junto com a minha percepção de mundo. As viagens, as competições, os aprendizados com os mestres — tudo isso foi moldando meu estilo. Sempre busquei unir o clássico com o progressivo, mesmo quando o circuito internacional tentou empurrar o Longboard para uma direção única e engessada.

Acredito que a verdadeira beleza do Longboard está no equilíbrio. No toque leve dos pés no bico da prancha e, ao mesmo tempo, na potência da manobra bem encaixada. Tenho orgulho de ter mantido minha essência mesmo me adaptando aos novos critérios, o que me levou a conquistar meu terceiro título mundial em 2016.

Do Rio para o mundo: uma vida no mar  

Minha primeira viagem de surfe foi aos 10 anos, em 1992, representando o Rio de Janeiro no circuito brasileiro amador. Lembro com carinho das viagens no ônibus da FESERJ (Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro) com a equipe, parando em lugares como São Paulo, Florianópolis e Ceará. Era o começo de uma jornada que se tornaria minha vida inteira.

Em 2004, em Puerto Escondido, no México, vivi uma das experiências mais marcantes da minha carreira: vencer o evento mundial “Oxbow Soul and Stulyle”. Me vanglorio não só pelo nível das ondas — pesadas, tubulares, desafiadoras -, mas também pelo nível dos competidores: eram 16 campeões mundiais da história do Longboard reunidos. Terminei campeão do evento em uma final contra o Joel Tudor, o que consolidou minha trajetória internacional e marcou o início de uma nova fase na minha carreira. Esse campeonato me fez entender até onde o surfe poderia me levar.

Já enfrentei situações perigosas também. Em Sunset Beach, no Havaí, por volta de 1999, fiquei duas ondas submerso em um mar de 15 pés. Naquela época, não existiam os recursos de segurança de hoje, como coletes infláveis ou jet ski de resgate. Foi um susto grande, mas me ensinou muito sobre respeito ao oceano. E surfei também em Jaws, a onda de Peahi/Havaí, com ondas de 35 pés, na remada. Ali, é outro nível de poder da natureza. O mar se impõe. É preciso preparo físico, mental, espiritual — e muita humildade. São momentos que marcam para sempre. Felizmente, hoje temos tecnologia e preparação física que nos ajudam a minimizar os riscos nessas condições extremas.

E por falar em tecnologia, hoje, desenho minhas próprias pranchas. Busco o equilíbrio entre tradição e tecnologia. As pranchas modernas oferecem leveza, precisão e adaptação — mas carrego comigo o respeito pelas pranchas clássicas, com suas linhas puras e sua alma.

Admiro os shapes californianos, mas adapto para o meu estilo, para as ondas do Brasil e para o meu corpo. Acredito que cada surfista precisa encontrar a prancha que converse com sua essência — e isso, para mim, é parte fundamental do surfe como arte.

O surfe como escola de vida 

Se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria nada. Cada erro me ensinou. Cada vitória me mostrou aonde posso chegar. O surfe me deu tudo — e tudo o que ele tirou, foi para me ensinar a ser alguém melhor.

Hoje, o surfe representa liberdade, equilíbrio, espiritualidade e família. É através dele que me conecto com minha filha Coral, que começa agora a viver sua relação com o mar. Meu sonho é envelhecer surfando ao lado dela, sem pressa, sem pressão — apenas sentindo a energia da onda.

Ainda sonho em surfar em lugares que nunca fui, como Cloudbreak – um dos 10 melhores picos de surfe, na ilha de Tavarua, em Fiji -, Indonésia (Ásia) e Teahupo’o (Polinésia Francesa). Mas, acima de qualquer destino, o que importa é o que a onda traz: presença.

Aos jovens que estão começando agora, deixo um conselho simples: Mantenham sua essência. Respeitem o mar. Estudem as pranchas. Entendam seus corpos. Aprendam com os mais velhos, mas sigam a própria verdade.

O surfe é muito mais do que competição. É um estilo de vida. É uma linguagem silenciosa com a natureza.

Enquanto eu tiver saúde e vontade, estarei no mar. Porque o surfe é isso: um ciclo sem fim. Um retorno constante a quem realmente somos.

Aloha!

* Phil Rajzman é tricampeão mundial de longboard (em 2007 e 2016, campeão mundial pela World Surf League; e 2004 campeão mundial pela Oxbow Pro), bicampeão Pan-Americano (2007 e 2009) e atleta da elite mundial por 25 temporadas (até 2022).

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