Na saúde

Sedentarismo cresce e ameaça 1,8 bilhão de pessoas no mundo

OMS faz alerta e profissionais indicam o que pode ser feito para reverter essa tendência global

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O alerta é grave: quase um terço dos adultos no planeta está parado demais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,8 bilhão de pessoas não alcançam nem os níveis mínimos de atividade física recomendados — o equivalente a 150 minutos semanais de exercício moderado. É o maior índice de sedentarismo já registrado, e o ritmo da inatividade cresce ano após ano.

Entre 2010 e 2022, a taxa global de adultos sedentários subiu cinco pontos percentuais. Se o padrão se mantiver, 35% da população adulta estará inativa até 2030. O impacto não é apenas físico: é social, econômico e emocional.

No Brasil, a tendência segue o mesmo rumo. A rotina acelerada, somada ao avanço da tecnologia e do trabalho remoto, tem reduzido o movimento do corpo e aumentado a exaustão mental. A educadora física Aline Turazzi, diretora de operação da rede Azzurro Fitness, explica que ficar parado custa caro à saúde.

“Quando o corpo fica parado, a saúde sofre. Aumenta o risco de diabetes, hipertensão, ansiedade e depressão. As pessoas se sentem mais cansadas, com menos energia e disposição para as tarefas do dia a dia”

Mas a boa notícia é que pequenas mudanças podem gerar grandes transformações. A OMS recomenda 30 minutos de movimento diário, cinco vezes por semana — algo que pode ser alcançado com gestos simples. “Caminhar, subir escadas ou brincar com os filhos já é um ótimo começo. O ideal é encontrar um ambiente acolhedor e profissionais que motivem o retorno”, diz Aline.

A especialista reforça que a constância é o segredo. Começar com atividades leves — como caminhada, bicicleta, dança ou alongamento — e manter o ritmo é mais importante do que o tipo de exercício escolhido. “O prazer é o que sustenta o hábito. Se ainda não descobriu qual atividade gosta, teste até encontrar uma que te faça querer voltar no dia seguinte.”

Mais do que uma busca estética, o movimento é um investimento em bem-estar e longevidade. “Os maiores ganhos estão na disposição e na saúde mental. Quando o exercício é prazeroso e constante, o corpo responde naturalmente”, conclui Aline.

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