Conecte-se com nossas redes

Mundial de Clubes

Abel Ferreira e Renato Paiva deixam amizade de lado nas oitavas do Mundial

Treinadores portugueses trocavam ideias durante a pandemia e agora comandam Palmeiras e Botafogo em duelo decisivo

Publicado

em

Quando a bola rolar para Palmeiras x Botafogo, neste sábado (28), pelas oitavas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o duelo entre dois dos principais times brasileiros do momento trará um enredo que vai além das quatro linhas. Do lado de fora do gramado, os técnicos Abel Ferreira e Renato Paiva não estarão apenas disputando uma vaga entre os oito melhores clubes do planeta — estarão também, de certa forma, completando um ciclo iniciado em longas videochamadas durante o isolamento social da pandemia de 2020.

Foi ali, em tardes entre 14h e 19h, que os dois amigos portugueses passaram a compartilhar metodologias, estratégias e experiências sobre futebol, ao lado do também técnico Nuno Campos. Em tempos de incertezas e portas fechadas no mundo real, abriram janelas virtuais para o conhecimento, usando campos táticos em miniatura e muitas horas de conversa sobre o jogo que tanto os une. Na época, Abel ainda comandava o PAOK da Grécia, enquanto Renato trabalhava na base do Benfica. “Era como se fosse um vício”, contou Paiva, hoje à frente do Botafogo.

“O tempo voava. Só parávamos porque alguém dizia: ‘Já são 19 horas, a família está esperando para jantar’.”

Por que esse reencontro é tão simbólico?

O reencontro entre os dois treinadores no Lincoln Financial Field, na Filadélfia, é especial também pelo simbolismo. Ambos representam uma geração de técnicos portugueses que rompeu fronteiras e consolidou espaço no futebol sul-americano — sobretudo após o sucesso de Jorge Jesus no Flamengo. Hoje, Abel é o treinador mais longevo da história recente do Palmeiras e já coleciona títulos, enquanto Renato passou pelo futebol do Equador e pelo Bahia antes de assumir o Botafogo.

O intercâmbio entre os dois, aliás, seguiu mesmo depois da pandemia. Em 2021, quando Paiva ainda dirigia o Independiente del Valle, recebeu dicas táticas de Abel para enfrentar o Grêmio pela Libertadores — e venceu. Mas agora, o jogo é entre eles. E as dicas de bastidores não farão parte da conversa. Só a memória de tardes entre amigos, agora transformadas num encontro de protagonistas no maior torneio de clubes do mundo.

Mundial de Clubes

Chelsea amassa o PSG e conquista a primeira Copa do Mundo de Clubes

Com dois gols e uma assistência de Cole Palmer, time inglês decide no primeiro tempo e confirma título histórico

Publicado

em

O Chelsea é o primeiro campeão da nova Copa do Mundo de Clubes. Com uma atuação irretocável nos 45 minutos iniciais, o time inglês venceu o Paris Saint-Germain por 3 a 0 na grande final disputada neste domingo (13), nos Estados Unidos. O protagonista da decisão foi Cole Palmer, que marcou dois gols e deu a assistência para o brasileiro João Pedro, autor do terceiro.

O título coroou uma trajetória de superação do Chelsea no torneio. Os ingleses perderam para o Flamengo, mas eliminaram Benfica, Palmeiras e Fluminense, até fecharem a campanha com uma exibição dominante contra o PSG. A equipe chega assim ao segundo título mundial (o outro foi em 2021, no antigo formato da competição).

O Chelsea foi letal no primeiro tempo. Marcou três vezes em seis finalizações e praticamente selou o título antes do intervalo. Com uma marcação agressiva e compacta, o time anulou os principais jogadores do PSG e não deu espaço para a construção ofensiva da equipe francesa. Palmer abriu o placar aos 21 minutos e ampliou aos 29, com dois chutes cruzados praticamente idênticos. Antes do fim da etapa, o camisa 20 ainda serviu João Pedro com um passe preciso para o gol mais bonito da final. De cavadinha sobre Donnarumma.

Com a vantagem construída, o Chelsea recuou suas linhas e controlou o jogo no segundo tempo. O PSG teve mais posse de bola, mas não conseguiu furar o bloqueio adversário. Nomes como Mbappé e Dembélé passaram apagados, e os franceses saíram sem balançar as redes. Após o apito final, uma confusão generalizada envolveu atletas e comissões técnicas, incluindo um desentendimento entre o técnico Luis Enrique e João Pedro.

O título mundial confirma o excelente momento de Cole Palmer, eleito melhor jogador da final e da Copa. O meia-atacante encerra a temporada com 18 gols e 13 assistências em 52 jogos, além de conquistas como a Conference League e o quarto lugar na Premier League.

João Pedro, recém-contratado por R$ 415 milhões, mostrou estrela em tempo recorde. Em poucos dias no elenco, foi decisivo nas três fases eliminatórias: marcou contra Palmeiras e Fluminense, e deixou sua marca também na final.

Continue Lendo

Mundial de Clubes

Fifa troca cores da bola nas semifinais da Copa do Mundo de Clubes

Nova versão será azul e dourada, em alusão à reta final da competição

Publicado

em

A Fifa anunciou uma mudança simbólica na bola oficial da Copa do Mundo de Clubes a partir das semifinais do torneio. O novo modelo, que estreia no duelo entre Fluminense e Chelsea nesta terça-feira (8), deixa o vermelho de lado e adota as cores azul e dourado — uma escolha que representa a proximidade da final e do troféu.

A bola mantém o design e estrutura utilizados nas fases anteriores, incluindo elementos visuais inspirados na bandeira dos Estados Unidos, país-sede da competição. O dourado, tradicionalmente associado à conquista, se une ao azul, cor que remete à nobreza, para marcar a reta decisiva do torneio e a luta pelo título mundial.

Mudanças como essa são comuns em competições organizadas pela Fifa e funcionam como ferramenta de marketing e reforço da identidade visual dos momentos-chave de um campeonato. A estreia é nesta terça, na primeira semifinal entre Fluminense e Chelsea, e seguirá em uso na segunda semifinal, entre PSG e Real Madrid, além da decisão.

Continue Lendo

Mundial de Clubes

Semifinais da Copa de Clubes têm reencontros marcantes entre jogadores e ex-clubes

Mbappé, João Pedro, Hakimi e Thiago Silva vão enfrentar seus antigos times

Publicado

em

A Copa do Mundo de Clubes chega às semifinais com ingredientes além do alto nível técnico. Os quatro jogos da fase terão reencontros emocionantes entre atletas e os clubes que marcaram suas carreiras. São histórias que envolvem formação, glória, rupturas e até processos judiciais.

Nas duas semifinais da Copa do Mundo de Clube os olhos estarão especialmente voltados para Thiago Silva, João Pedro, Hakimi e Mbappé curiosos em saber como serão os reencontros com times que marcaram suas carreiras. Entenda o contexto de cada história.

Mbappé reencontra o PSG em meio a polêmicas

Após seis anos como protagonista do projeto bilionário do Paris Saint-Germain, Kylian Mbappé vai encarar o ex-clube pela primeira vez desde sua transferência ao Real Madrid. O atacante francês, que chegou ao PSG em 2017, se tornou ídolo, colecionou títulos e prêmios, mas a separação foi conturbada.

Desde a saída, Mbappé acusa o clube de assédio moral e extorsão, alegando ter sido pressionado a renovar contrato quando estava afastado do elenco. Também cobra valores milionários atrasados em três instâncias jurídicas. O duelo na semifinal promete ser simbólico: é o primeiro embate após a batalha nos tribunais.

João Pedro estreia contra o clube que o revelou

A história de João Pedro e o Fluminense é mais leve, mas não menos significativa. Revelado em Xerém e negociado aos 17 anos, o atacante nunca enfrentou o time que o lançou ao futebol profissional. Isso muda agora.

Contratado pelo Chelsea já com o torneio em andamento, João estreou contra o Palmeiras e deve ser titular na semifinal contra o Tricolor. O reencontro vem com gratidão mútua: o Fluminense ainda lucra com cada nova negociação do jogador. Agora, os caminhos se cruzam em campo — e em lados opostos.

Hakimi encara o Real Madrid, onde tudo começou

Achraf Hakimi é uma peça-chave do PSG, mas foi no Real Madrid que tudo começou. Nascido em Madri, formado nas categorias de base do clube e promovido aos profissionais ainda adolescente, o lateral marroquino volta a enfrentar seu time de infância.

Essa será a quinta vez que Hakimi encara o Real. Nas quatro anteriores, venceu apenas uma — e ainda assim, foi eliminado. Agora, busca sua primeira vitória marcante sobre o clube que o revelou ao mundo.

Thiago Silva e Chelsea: respeito entre gigantes

A trajetória de Thiago Silva com o Chelsea foi curta, mas intensa. Após deixar o PSG, o zagueiro brasileiro conquistou a Champions League, o Mundial e a Supercopa da Uefa como titular dos Blues. Aos 39 anos, ele reencontra o ex-time defendendo o Fluminense, clube onde começou a carreira e para o qual retornou em 2024.

A despedida no Stamford Bridge foi calorosa, e a relação entre clube e jogador permanece de alto respeito. O reencontro em campo carrega esse tom: um duelo de gigantes, com memória afetiva dos dois lados.

Continue Lendo

Mais lidas