O tênis virou ponto de encontro para uma geração de ex-jogadores e atletas amadores que ultrapassou os 40 anos, mas não abriu mão da competitividade nem do prazer de se manter ativa. O movimento, que cresce em diferentes cidades brasileiras, vem sendo observado de perto pelo médico João Marcello Branco, especialista em saúde, performance e longevidade para adultos que querem continuar rendendo dentro e fora do esporte.
Nos últimos anos, a chamada “saúde pós-40” deixou de ser tabu. Para muitos que saíram dos gramados, o tênis tem funcionado como uma porta de retorno ao esporte, oferecendo intensidade, desafio técnico e, ao mesmo tempo, menor impacto do que o futebol. É um reencontro com o próprio corpo, agora com outras prioridades: qualidade de vida, prevenção de lesões e equilíbrio emocional, como explicao médico.
“A saúde física e mental desses atletas passa a ser o eixo da rotina. A ideia é mostrar que há vida esportiva depois dos 40, e ela pode ser competitiva”
O fenômeno ganhou visibilidade ao chegar também aos nomes conhecidos do futebol brasileiro, como Felipe Melo e Egídio, que passaram a frequentar quadras e competir ao lado de jogadores amadores. A presença deles reforça a ideia de que o esporte pode ser reiniciado em outra plataforma menos rígida, mais orgânica e inclusiva. “Eles invadiram o terreno dos amadores e mostraram que o tênis virou nova válvula de escape, um novo desafio”, comenta João Marcello Branco.
O trabalho desenvolvido pelo especialista envolve protocolos integrados que combinam avaliação física completa, orientação nutricional, prevenção de lesões, fortalecimento muscular e acompanhamento contínuo de desempenho. A proposta é simples: criar caminhos para que adultos maduros continuem competitivos e saudáveis, com disposição para treinar e para a vida.