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Na saúde

Quanto tempo o corpo leva para se adaptar à corrida?

Especialista explica o processo de adaptação do corpo ao esporte

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A corrida é, para muitos, o exercício da liberdade. Democrática, acessível e possível de ser praticada em ruas, praças e parques, ela se tornou uma das formas mais populares de atividade física no Brasil. Mas nem tudo é tão simples quanto calçar o tênis e sair correndo: o corpo precisa de tempo — e de respeito ao seu ritmo — para se adaptar.

Segundo o personal trainer Cassio Fidlay, o tempo médio que o organismo leva para se acostumar aos estímulos da corrida gira em torno de um mês. “Depende do condicionamento físico inicial de cada pessoa, mas, em geral, o corpo começa a responder após quatro semanas de treinos regulares”, explica.

Nesse início, é comum surgirem incômodos. Um dos mais relatados por iniciantes é o formigamento nas pernas, principalmente nos membros inferiores. Isso acontece, de acordo com Fidlay, porque a circulação sanguínea ainda não está adaptada à nova exigência. “A maior concentração de glóbulos vermelhos está nas pernas, e o corpo precisa aprender a bombear esse sangue com mais eficiência. É esse processo que causa o desconforto”, detalha.

No caso das mulheres, essa adaptação pode ser um pouco mais lenta, já que a circulação tende a ser naturalmente mais reduzida. Mas isso não é motivo para desânimo. O segredo está na progressão gradual dos treinos. “Comece com leveza, sem se cobrar. Aumente o volume aos poucos e permita que o corpo acompanhe esse crescimento”, orienta o educador físico.

Outro cuidado essencial é com o tipo de terreno. Por mais que correr em trilhas ou calçadões irregulares pareça desafiador e divertido, Fidlay recomenda terrenos planos no início da jornada. “Mesmo com músculos fortes, o risco de lesões em solos irregulares é grande. Pisadas erradas ou em falso podem causar problemas sérios”, alerta.

Aos poucos, a corrida deixa de ser um esforço e se transforma em prazer — como tantos praticantes gostam de descrever. E com o tempo, o que parecia um desafio vira rotina. Basta começar com calma, ouvir o corpo e respeitar seu tempo.

Na saúde

Projeto disponibiliza equipamentos para que PCDs realizem atividades de esporte e lazer

Projeto Viver a Cidade reforça cultura de pertencimento nos espaços públicos

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A Avenida Magalhães Neto, no bairro da Pituba, vai receber mensalmente o Projeto Viver a Cidade, ação que promete redefinir a ocupação dos espaços públicos por pessoas com deficiência (PCDs) em Salvador. A atividade será mensal e conta com equipamentos adaptados gratuitos, permitindo que o público PCD participe de experiências de esporte e lazer ao ar livre, antes inacessíveis para muitos.

Criado pela Associação Meu Sorriso e agora apoiado pelo programa Viva Esporte, da Prefeitura de Salvador, o projeto começou no último domingo (15) e coloca à disposição da população handbikes, cadeiras de corrida, bicicletas tandem, triciclos assistidos e framerunnings, entre outros equipamentos inovadores, adaptados para diversos tipos de deficiência física, motora e intelectual.

O secretário da Sempre, Júnior Magalhães, destacou que o projeto rompe com a lógica de exclusão: “Queremos garantir que todos possam vivenciar a cidade com dignidade, segurança e autonomia. Não se trata apenas de lazer, mas de saúde, de vínculo, de pertencimento.”

O impacto da iniciativa já foi sentido no primeiro domingo. Zenaide Santos, mãe da pequena Elen, resumiu o espírito do projeto: “É a primeira vez que participamos de algo assim. Foi maravilhoso. Vamos voltar sempre.”

Para Fred Matos, presidente da Associação Meu Sorriso, a proposta é derrubar barreiras históricas, como o isolamento social e a falta de estrutura nos espaços públicos. “Queremos normalizar a presença das famílias PCDs nas ruas, nas praças, nos parques. E isso só acontece quando há estrutura, acolhimento e acesso.”

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Na saúde

Conheça exercícios que ajudam a controlar a hipertensão e reduzem risco de morte

Natação, caminhada e musculação podem baixar pressão e melhorar qualidade de vida

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A hipertensão arterial é uma condição silenciosa, perigosa e mais comum do que se imagina. Caracterizada pelo aumento da pressão do sangue nas artérias, ela está entre as principais causas de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto. Por não apresentar sintomas evidentes, a doença muitas vezes avança sem ser percebida — o que torna ainda mais urgente a necessidade de prevenção e controle, especialmente por meio da atividade física regular.

De acordo com Allan Lacerda, professor e coordenador da Rede Alpha Fitness, os benefícios do exercício vão muito além da queda nos números do tensiômetro. “A prática melhora a saúde dos vasos sanguíneos, eleva o bem-estar, corrige a posturas e ajuda a reduzir o estr esse e as dores pelo corpo”, afirma o especialista.

Estudos indicam que hipertensos que seguem as recomendações de atividade física reduzem o risco de mortalidade entre 27% e 50%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda entre 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana para adultos — algo entre 20 a 40 minutos por dia, em média. Crianças e adolescentes devem se movimentar por pelo menos uma hora diária.

Entre os exercícios com efeitos comprovados na redução da pressão arterial estão:

  • Caminhada
  • Corrida
  • Natação
  • Ciclismo
  • Dança
  • Musculação

A boa notícia é que não há contraindicação à prática de exercícios, desde que a pressão esteja controlada por medicamentos prescritos e haja acompanhamento profissional, especialmente de um educador físico qualificado.

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Na saúde

Sedentarismo após os 50 anos pode acelerar envelhecimento e aumentar risco de doenças

Atividade física regular melhora autonomia e eleva a qualidade de vida na maturidade

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O corpo muda com o tempo — e ignorar isso pode custar caro. O sedentarismo após os 50 anos é um dos maiores vilões da saúde nessa fase da vida, acelerando o processo de envelhecimento e aumentando o risco de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes tipo 2, osteoporose e sarcopenia (perda de massa muscular). Mas há uma boa notícia: nunca é tarde para começar a se movimentar.

Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), o abandono da vida ativa pode comprometer funções essenciais como o equilíbrio, a força e a mobilidade. Mas mesmo quem passou a maior parte da vida sem uma rotina de exercícios pode colher benefícios se decidir virar esse jogo — com segurança e orientação.

Para Luiz Evandro, Diretor Técnico da Rede Alpha Fitness, a atividade física regular “melhora a qualidade de vida, preserva a autonomia e reduz o risco de diversas doenças crônicas”. E os ganhos vão muito além do físico: disposição, bem-estar emocional e independência são alguns dos principais trunfos de uma vida ativa.

A escolha das atividades, claro, deve respeitar os limites e condições de cada pessoa. Evandro destaca que modalidades de baixo impacto são as mais indicadas para esse público. “Musculação adaptada, pilates, hidroginástica e alongamento ajudam a preservar a massa muscular e promovem flexibilidade e equilíbrio, sem sobrecarregar as articulações”, explica.

Antes de calçar o tênis e sair por aí, o ideal é passar por uma avaliação médica e iniciar a prática com o acompanhamento de um profissional da área. Começar devagar, com intensidade leve a moderada, é o caminho mais seguro e eficiente para transformar hábitos e garantir mais longevidade com qualidade.

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