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Nos campos

Coaraci vence o Campeonato Intermunicipal após mais de duas décadas

Bicampeonato após 24 anos veio após a disputa por pênaltis contra Santo Amaro

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O Campeonato Intermunicipal 2025 ganhou um novo capítulo de relevância com o bicampeonato de Coaraci, que superou Santo Amaro neste domingo (7) e voltou ao topo da maior competição de futebol não profissional do mundo. A conquista, que chega 24 anos depois do título de 2001, recoloca o município entre as forças históricas do torneio e reafirma a vitalidade do futebol do interior baiano.

A campanha de Coaraci foi praticamente irretocável: 48 pontos em 18 jogos, com 16 vitórias, apenas duas derrotas e um saldo de 26 gols. Números que mostram consistência, mas que não contam, sozinhos, o tamanho do feito. A virada na decisão (derrota por 1 a 0 na ida e triunfo pelo mesmo placar na volta) exigiu concentração, torcida presente no Barbosão e um emocional à altura da tradição do Intermunicipal. Nos pênaltis, a vitória por 3 a 1 coroou um trabalho construído ao longo de meses, em um campeonato onde estruturas modestas convivem com paixão comunitária e protagonismo local.

O título também reforça o papel simbólico do Intermunicipal. Em muitas regiões da Bahia, o torneio funciona como ponte entre o futebol amador e o profissional, além de representar um ponto de encontro social, cultural e identitário. Ver Coaraci retornar ao topo depois de quase um quarto de século diz muito sobre a capacidade dos municípios de reorganizar projetos, formar elencos competitivos e mobilizar a cidade em torno da seleção.

A cerimônia pós-jogo, conduzida pela Federação Bahiana de Futebol, reuniu dirigentes, presidentes de ligas e autoridades locais — um gesto que reforça a dimensão do evento para o futebol baiano. A presença institucional ajuda a sustentar a continuidade da competição, ainda marcada por desafios logísticos e estruturais, mas mantida viva pela mobilização de atletas, comissões técnicas e torcedores.

Santo Amaro, vice-campeã, também deixa sua marca. A campanha consistente e a chegada à final reafirmam o peso da liga na disputa e demonstram o quanto o Intermunicipal segue oferecendo visibilidade e renovação a diferentes regiões do estado.

Com o bicampeonato, Coaraci não celebra apenas um troféu. Celebra pertencimento, memória e a certeza de que o futebol do interior continua pulsando — forte, competitivo e essencial para a identidade esportiva da Bahia.

Nos campos

Relatório inédito expõe gargalos e oportunidades do futebol feminino no Brasil

Estudo da Outfield e das Dibradoras revela dados sobre gestão, mercado e o futuro da modalidade

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O futebol feminino brasileiro vive um momento de crescimento visível — arquibancadas cheias, destaque internacional das atletas, expansão de competições e interesse crescente do público. Mas, como revela o Relatório Futebol Feminino 2025, lançado pela Outfield em parceria com as Dibradoras, esse avanço ainda convive com falhas estruturais que travam o potencial da modalidade.

Pela primeira vez, um único documento reúne dados sobre gestão, mercado, base, infraestrutura, receitas e governança dos clubes da elite. A intenção não é apenas “fotografar” o cenário, mas oferecer um mapa de direção para que decisões futuras não dependam mais de achismos — um problema que marcou a história do futebol feminino por décadas.

O estudo confronta mitos que insistem em sobreviver, como a ideia de que “ninguém se interessa” pela modalidade. Segundo a Outfield, quando há calendário, organização e clareza no produto, o público responde. A pesquisa consolida evidências que apontam crescimento consistente, dentro e fora de campo, e dá lastro para que clubes, federações e investidores atuem com mais profissionalismo.

Um dos diagnósticos mais contundentes envolve a baixa autonomia institucional. Em muitos clubes, os departamentos femininos seguem dependentes das estruturas do masculino, com pouca margem para decisões estratégicas, equipes reduzidas e orçamentos pouco transparentes. Essa falta de segregação de receitas impede uma leitura real do valor gerado pela modalidade — e mantém viva a narrativa equivocada de que o futebol feminino não entrega retorno.

Outro ponto sensível é a formação. O relatório revela como o estado de origem das meninas influencia caminhos, barreiras e oportunidades. A desigualdade territorial se reflete diretamente no acesso à base, ainda marcada por poucos polos estruturados.

O estudo também projeta tendências para 2025–2027, período que será decisivo. Com o Brasil prestes a sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027, a janela para ajustes é curta. O relatório defende que clubes, marcas, federações e mídia precisam agir em conjunto para preparar o ecossistema para um salto competitivo.

O apoio de Guaraná Antarctica, reconhecido pelo público como uma das marcas mais lembradas quando o tema é futebol feminino, aparece como peça estratégica: não apenas pela presença histórica, mas por tentar puxar outras empresas para dentro dessa construção coletiva. A intenção, reforçada pelo estudo nacional de consumo, é ampliar investimentos e acelerar a profissionalização da modalidade.

O documento inaugura uma série de análises periódicas que seguirão até 2027, aprofundando temas como matchday, receitas comerciais, formação e comportamento de consumo. A ambição é clara: transformar o futebol feminino em um ambiente onde decisões sejam orientadas por dados, e não por percepções distorcidas.

Como define a Outfield, o relatório não é um desfecho, mas um ponto de partida. Ele escancara gargalos, organiza informações e chama o ecossistema à responsabilidade. Se o futebol feminino vive um de seus momentos mais vibrantes, o desafio agora é transformar esse entusiasmo em estrutura, governança e futuro.

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Nas telas

Equipe dos Galáticos deixa a Itapoan após 20 anos e inaugura novo ciclo na Salvador FM

O que muda e o que permanece na maior força do rádio esportivo baiano?

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A Equipe dos Galáticos, referência absoluta do rádio esportivo na Bahia, inicia um capítulo histórico. Depois de duas décadas na Itapoan FM (97.5), o time migra para a Salvador FM (92.3), movimento raro em magnitude e simbolismo no mercado de comunicação do estado. A transição coincide com os cinco anos da emissora, celebrados no dia 8 de dezembro, e marca o início de uma estratégia mais ampla para fortalecer sua presença no jornalismo esportivo.

A chegada será em clima de festa: no próximo dia 14, a Salvador FM realiza um grande evento na Barra, com seis trios elétricos, onde os Galáticos serão oficialmente apresentados. O anúncio reforça o peso popular da equipe, que há anos lidera o IBOPE com folga, tanto na Resenha Esportiva quanto nas transmissões de Bahia e Vitória, com um desempenho capaz de superar, somadas, todas as concorrentes do mesmo horário.

Apesar do novo endereço, a emissora garante que o formato permanece intacto. A jornada inclui a tradicional Resenha Esportiva, de segunda a sexta, das 20h às 22h, além das transmissões completas dos jogos das duas principais equipes do estado. Para o público, a mudança representa continuidade da identidade construída ao longo de 20 anos, mas com fôlego renovado.

Segundo Márcio Martins, líder da equipe, a transição acompanha o tamanho do que vem pela frente: “Estamos mudando de casa e 2026 promete ser gigante. A nossa história só muda de endereço. A emoção será a mesma, com ainda mais qualidade.”

A equipe na nova fase reúne os narradores Ivanildo Fontes, Marlos Costa e Mateus Damascena; os comentaristas como Dito Lopes, Nelsinho Góes, Gustavo Castellucci e Édson Almeida; além dos repórteres Nilson Luiz, Emidio Pinto e Luana Campos. A retaguarda técnica segue com Marquinhos Santiago, José Carlos Calheiros e Carlos Magno “Alaô”, com Paulo Germano Jr. no plantão esportivo.

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Brasileirão

Vitória passa pelo São Paulo em casa e escapa do rebaixamento

Baralhas faz o gol salvador e contagia a torcida presente no Barradão

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O Vitória conaeguiu se salvar! Mas o torcedor voltou a viver um roteiro conhecido: tensão até o fim, drama nas arquibancadas e uma permanência conquistada na marra. O resultado de 1 a 0 sobre o São Paulo, no Barradão, garantiu o clube na Série A e encerrou uma temporada marcada por oscilações e pela dificuldade de construir regularidade. O gol da sobrevivência saiu dos pés de Baralhas, aos 23 minutos do segundo tempo, em um jogo em que o Rubro-Negro oscilou, mas resistiu.

A permanência não veio apenas do desempenho em campo. As derrotas de Fortaleza e Ceará ajudaram a clarear o cenário, reduzindo a pressão por combinações improváveis. Ainda assim, o Vitória fez a sua parte. No primeiro tempo, empurrou o São Paulo para trás, criou chances com Erick, Kayzer e Willian Oliveira, mas parou no goleiro Rafael. Do outro lado, viveu sustos que só não viraram problema maior pela boa intervenção de Thiago Couto.

O gol que mudou tudo

Quando o jogo começava a ficar morno, uma roubada de bola pela esquerda terminou com Baralhas livre na área para finalizar com tranquilidade. O Barradão explodiu — e dali em diante o Vitória jogou por uma bola, enquanto o São Paulo acumulava posse, mas sem produtividade. A estratégia foi arriscada, mas funcionou.

Um padrão que se repete

Foi a terceira vez que o clube se salva na última rodada — algo que traduz parte da identidade recente do Vitória: competitivo, reativo, emocional, mas pouco previsível ao longo do campeonato. A permanência, embora celebrada, reforça a necessidade de um projeto mais estável para evitar novos sufocos.

Como termina a temporada

O Vitória fecha a Série A em 15º, com 45 pontos, dois acima da zona de rebaixamento. O São Paulo, mesmo derrotado, fica em e ainda pode disputar a pré-Libertadores caso haja campeão da Copa do Brasil vindo de Flu ou Cruzeiro.

Para o torcedor rubro-negro, o fim de 2025 chega com alívio, mas também com a certeza de que sobreviver não pode seguir sendo o único plano.

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