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Adeus a uma lenda: Manga, o goleiro que desafiou o impossível, nos deixa aos 87 anos

Nordestino, ousado e vitorioso, Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro e mundial

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Nesta terça-feira, 08, o futebol brasileiro se despediu de Haílton Corrêa de Arruda, o lendário Manga, que faleceu aos 87 anos. Nascido no Recife, Manga desafiou as limitações impostas pela vida e se tornou um dos maiores goleiros de todos os tempos, destacando-se por sua ousadia, reflexos incríveis e personalidade marcante dentro e fora dos campos. Ídolo por onde passou, ele acumulou títulos históricos e imortalizou seu nome entre os gigantes do esporte.

A saúde de Manga começou a piorar em 2020. Enfrentando problemas de próstata, precisou passar por cirurgias delicadas no Uruguai, onde morava e é ídolo, incluindo a remoção de parte do intestino. Recentemente, mudou-se para o Brasil, vivendo em Jacarepaguá num um apartamento cedido pelo presidente do Botafogo, Durcesio Mello. Apesar de seguir uma dieta rigorosa e cuidados intensivos, o índice de Antígeno Prostático Específico (PSA) voltou a subir no início de 2024, marcando o início de sua batalha final contra a doença.

Ele nasceu em 26 de abril de 1937, no Recife, Pernambuco, e se destacou pela sua agilidade, reflexos incríveis e personalidade destemida dentro de campo. Por causa dele, essa data passou a ser lembrada como o “Dia do Goleiro”. A carreira de Manga começou no Sport Recife, onde já demonstrava a segurança e a habilidade que marcariam sua trajetória. No Botafogo, escreveu um dos capítulos mais brilhantes de sua vida, integrando o inesquecível elenco que contava com Garrincha e Nilton Santos, e conquistando múltiplos títulos, como os Cariocas de 1961 e 1967 e o Torneio Rio-São Paulo de 1962. Mas foi no Internacional que alcançou o ápice da idolatria, sendo peça-chave nas conquistas do Campeonato Brasileiro em 1975 e 1976, títulos que colocaram o clube entre os maiores do país.

Manga também brilhou fora do Brasil. No Nacional-URU, viveu dias de glória ao levantar a Libertadores e o Mundial de Clubes em 1971, provando sua excelência em nível global (sempre abdicando do uso de luvas). Com passagens por grandes clubes e uma convocação para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966, o goleiro nordestino consolidou uma carreira marcada pela ousadia. Suas saídas de gol arrojadas e sua habilidade em lidar com a pressão definiram uma nova forma de interpretar a posição.

Mas nem só de conquistas se fez a história de Manga. Enfrentou dificuldades financeiras e de saúde após pendurar as luvas, vivendo, em alguns momentos, longe dos holofotes que tanto o exaltaram. Ainda assim, sua resiliência como nordestino e pioneiro inspirou gerações de atletas, provando que talento e determinação podem superar qualquer barreira. Que descanse em paz o goleiro que – sem luvas – transformou defesas em arte e ousadia em legado!

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Mulheres de Aço jogam domingo na Fonte Nova

Time feminino volta ao principal palco do futebol baiano após um ano e conta com apoio da torcida na luta pela classificação

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O futebol feminino do Bahia voltará a ocupar o centro do palco. No próximo domingo (8), às 11h, as Mulheres de Aço enfrentam a Ferroviária na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em duelo válido pela 13ª rodada do Brasileirão A1. A mudança de local foi confirmada pela CBF e marca a primeira partida da equipe na Fonte em 2025.

Até aqui, os jogos como mandante vinham sendo realizados no Estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana. Agora, o retorno à capital carrega um simbolismo importante: reforça a visibilidade e o espaço que o futebol feminino do clube vem conquistando.

A última vez que as Mulheres de Aço pisaram no gramado da Fonte foi há exatamente um ano, em 8 de junho de 2024, quando venceram o Juventude por 3 a 0 pela Série A2. Desta vez, o desafio é ainda maior: encarar uma das camisas mais tradicionais da modalidade e buscar pontos importantes na reta final da fase classificatória.

A entrada para o duelo será solidária — 1kg de alimento não perecível — e a expectativa é de que a torcida tricolor compareça para empurrar o time rumo à próxima fase.

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TVE transmite Galícia x Grapiúna pela Série B do Baianão neste domingo

Granadeiro encara o lanterna Aurinegro com transmissão na TV aberta e no YouTube

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A sétima rodada da Série B do Campeonato Baiano reserva um duelo de realidades opostas. Neste domingo (8), às 15h, o Galícia recebe o Grapiúna na Arena Cajueiro, em Feira de Santana, e a partida será transmitida ao vivo pela TVE, com pré-jogo a partir das 14h45, também disponível no canal oficial no YouTube.

Embalado por uma vitória por 3 a 1 sobre o Leônico na rodada anterior, o tradicional Granadeiro chega com moral e ocupa a quarta colocação, com 9 pontos, sonhando com o acesso. O momento é decisivo: uma vitória mantém o clube na briga por uma das vagas no G4 e pode representar um passo importante rumo à elite do futebol baiano.

Do outro lado, o Grapiúna vive um cenário preocupante. Após sofrer uma goleada de 7 a 0 para o Bahia de Feira, o Aurinegro Baiano amarga a lanterna da competição, com apenas um ponto somado. A equipe precisa mais do que um bom jogo: precisa de reação urgente para evitar o vexame do rebaixamento precoce.

A transmissão da TVE terá narração de Valter Lima, comentários de Rodrigo Araújo e reportagens de Juliana Lisboa, reforçando o compromisso da emissora pública com a valorização do futebol baiano em todas as suas divisões.

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Brasil empata sem gols com o Equador na estreia de Carlo Ancelotti

Seleção cria pouco e volta a mostrar problemas na construção de jogadas

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Num jogo morno e de baixa intensidade, Brasil e Equador empataram sem gols nesta sexta-feira (6), em Guayaquil, pela sequência de preparação das seleções para a Copa América. Apesar de algumas boas jogadas individuais, principalmente de Vini Jr. e Estevão, a equipe brasileira voltou a ter dificuldades na criação e finalização das jogadas — problema que já se arrasta desde a última Data Fifa.

No primeiro tempo, o Brasil chegou a ameaçar em duas oportunidades: uma com Gerson, que preferiu o passe ao chute em lance promissor, e outra com Vanderson, que perdeu grande chance ao tentar dominar em vez de finalizar. O Equador respondeu apenas em um chute de fora da área de Yeboah, defendido por Alisson.

Na segunda etapa, o ritmo caiu ainda mais. Yeboah voltou a incomodar, mas Alisson defendeu. Do lado brasileiro, Casemiro teve a melhor chance em forte chute após passe de Vini Jr. e corta-luz de Gerson, mas o goleiro Gonzalo evitou o gol. Pelo visto, Carlo Ancelotti terá muito trabalho pela frente.

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