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Nos campos

Brasil, o país dos pontas: pesquisa revela que atacantes de lado são os mais desejados por clubes da Série A 

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A janela de transferências está perto de fechar e a maior parte dos clubes brasileiros já se reforçou: 140 contratações foram fechadas pelos 20 integrantes da Série A até o momento. A essa altura, uma coisa ficou clara, de acordo com levantamento do Bolavip Brasil: o atacante de ponta é o jogador mais desejado do futebol brasileiro. O Bahia mesmo foi um dos que contratou um ponta: Erick Pulga (foto).

Considerando todas os reforços contratados pelos times da primeira divisão até a última segunda-feira (10/2) e dividindo as posições entre goleiro, zagueiro, lateral, volante, meia, atacante de lado e centroavante, 28,5% dos novos jogadores nos elencos são atacantes que atuam como pontas, pela direita ou pela esquerda.

Ceará e Juventude contrataram cinco atacantes de lado cada, até o momento, e são os times que mais procuraram jogadores para a posição. No sentido oposto, dos 20 times da Série A, apenas três não contrataram atacantes de lado até o momento: São Paulo, Flamengo e Vasco. O cruz-maltino tenta a contratação de um jogador da posição desde o fim da temporada passada, mas ainda não conseguiu fechar negócio com um nome que agrade a diretoria.

Zagueiros também em alta e volantes em baixa

A segunda posição que foi mais procurada pelos clubes até o momento é a de zagueiro. Dezenove por cento das contratações foram de defensores. Só o Juventude contratou quatro zagueiros até o momento e foi quem mais reforçou a zaga. Ao contrário, apenas quatro clubes não se reforçaram com zagueiros até agora: Atlético-MG, São Paulo, Palmeiras e Grêmio.

Considerando apenas as posições de linha, os volantes foram os menos contratados até o momento. Apenas 7,9% dos jogadores contratados foram jogadores de meio de campo prioritariamente defensivos. Metade dos times da Série A não contrataram volantes até o momento. O Vitória, por outro lado, deu atenção especial à função, com três reforços para o setor.

Reforços em muitas posições foram regra

Tendo em conta as sete posições do campo, incluindo goleiro, apenas seis equipes contrataram reforços para três posições ou menos – Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Vasco, Botafogo e Corinthians (este último não fez contratações).

Os outros times da primeira divisão foram atrás de reforços para múltiplas posições. Dois deles contrataram reforços para as sete posições do campo: Mirassol, que vem da Série B, e o Vitória. O time baiano, empatado com Juventude e Ceará, é quem mais contratou reforços até o momento: 15.

As posições mais contratadas pelos clubes brasileiros na janela de transferências:

1 – Atacante de lado: 40 reforços

2 – Zagueiro: 27 reforços

3 – Lateral: 24 reforços

4 – Meia: 17 reforços

5 – Centroavante: 12 reforços

6 – Volante: 11 reforços

7 – Goleiro: 9 reforços

Brasileirão

Vitória empata com o Palmeiras em noite inspirada de Thiago Couto

Leão segura o vice-líder e volta para Salvador com um ponto valioso na luta contra o rebaixamento

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O Vitória arrancou um empate sem gols do Palmeiras, nesta quarta-feira, no Allianz Parque, e voltou para Salvador com um ponto que pode fazer diferença na briga contra o rebaixamento. Diante de mais de 39 mil torcedores, o Leão encarou o vice-líder do Campeonato Brasileiro com organização, valentia e uma atuação monumental de Thiago Couto, principal nome da partida.

O goleiro rubro-negro fechou o gol em finalizações de Aníbal Moreno, Gustavo Gómez e Felipe Anderson, impedindo o Palmeiras de transformar a pressão em vantagem. A equipe baiana, apesar de pressionada durante boa parte do jogo, ainda encontrou espaço para ameaçar em contra-ataques, exigindo atenção do goleiro Carlos Miguel.

No primeiro tempo, o Palmeiras começou sufocando, mas encontrou dificuldades para finalizar com precisão. O Vitória se encontrou no jogo, ganhou confiança nas bolas cruzadas e viu o adversário aumentar a quantidade de erros de passe. A melhor chance palmeirense veio aos 35 minutos, quando Allan driblou três marcadores e finalizou para fora.

Na etapa final, Abel Ferreira tentou mudar o ritmo com as entradas de Vitor Roque e Felipe Anderson, e o Palmeiras criou mais. Aníbal Moreno quase marcou um golaço no ângulo. Mesmo assim, o Vitória resistiu com Thiago Couto em noite perfeita. No desespero, o Palmeiras ainda colocou Gustavo Gómez como centroavante, mas seguiu desperdiçando oportunidades.

Com o empate, o Verdão chegou a 69 pontos e pode ver o Flamengo abrir até cinco de vantagem na liderança. Já o Vitória chega aos 36 pontos, ainda dentro da zona de rebaixamento, mas mantendo viva a disputa pela permanência. O próximo desafio é contra o Sport, no domingo, em duelo tenso na Ilha do Retiro.

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Artigos

Entre o jogo e o risco: caso Bruno Henrique expõe dilemas diante do avanço das apostas

O que a punição ao atacante do Flamengo revela sobre vulnerabilidades, riscos e a urgência por novas regras?

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por Alberto Goldenstein *

O recente processo envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, concluído com a aplicação de multa de R$ 100 mil, após revisão da decisão que inicialmente o suspendera por doze partidas, provoca um debate que vai muito além da punição. Ele coloca em evidência o ponto mais sensível do esporte atual: a crescente influência do mercado de apostas sobre o ambiente competitivo e os desafios que isso impõe à integridade das competições.

O julgamento teve origem na suspeita de que o jogador teria contribuído para um evento específico de jogo com potencial impacto em apostas, ainda que o tribunal, ao examinar o caso em profundidade, tenha afastado a hipótese de manipulação deliberada do resultado. Mesmo assim, a constatação de que houve compartilhamento de informação sensível foi considerada suficiente para justificar punição disciplinar, embora limitada à esfera administrativa e sem afastamento do atleta.

Esse desfecho revela muito sobre a fase atual do futebol brasileiro. Em poucos anos, as apostas deixaram de ocupar um espaço marginal e passaram a exercer influência direta sobre receitas, exposição de marcas e relações contratuais. O problema não está necessariamente na existência do setor, mas na rapidez com que ele se transformou em parte orgânica do esporte, sem que as estruturas de prevenção e controle acompanhassem essa evolução.

O avanço das microapostas, aquelas que transformam lances isolados em objetos de especulação, criou situações novas e delicadas. Pequenas ações que antes passavam despercebidas agora podem gerar movimentações financeiras expressivas. A fronteira entre comportamento de jogo, estratégia e atitude imprudente tornou-se mais estreita. Nesse cenário, casos envolvendo atletas ganham peso simbólico e colocam em xeque a confiança do torcedor.

É por isso que a discussão não pode se limitar ao resultado do julgamento. A integridade esportiva precisa ser tratada como pilar central da governança. Programas sérios de compliance, formação continuada para atletas e familiares, políticas internas claras sobre circulação de informações e cooperação efetiva entre clubes, reguladores e operadores de apostas são medidas urgentes. Do ponto de vista jurídico, também é indispensável atualizar o Código Brasileiro de Justiça Desportiva para refletir os novos modos de risco trazidos pela lógica de apostas instantâneas e altamente segmentadas.

O futebol brasileiro vive um momento decisivo. A credibilidade das competições é um patrimônio que se perde com facilidade, mas cuja reconstrução exige esforço contínuo. O caso de Bruno Henrique foi encerrado no âmbito disciplinar, mas a discussão que ele reacendeu permanece aberta: como proteger o jogo, seus agentes e sua reputação em um ambiente cada vez mais vulnerável?


 * Alberto Goldenstein é Presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB-Paraná

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Nos campos

Brasil joga mal e empata com a Tunísia no último jogo do ano

Luciano Juba fica no banco, Paquetá perde pênalti, e resultado revela problemas da Seleção

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A Seleção Brasileira voltou a campo para mais um amistoso preparatório e saiu de Lille com a sensação de que ainda falta muito para uma equipe competitiva se firmar. O empate por 1 a 1 com a Tunísia expôs velhas fragilidades: dificuldades na criação, lentidão para reagir e pouca clareza nas escolhas em momentos decisivos.

O Brasil começou mal e terminou pior. No primeiro tempo, a Tunísia encontrou espaço para contra-atacar pela esquerda e aproveitou um erro de Wesley para abrir o placar com Mastouri. A Seleção respondeu com jogadas previsíveis, dependentes de chutes de média distância, até que o VAR flagrou um toque de mão de Bronn e Estêvão converteu o pênalti que garantiu o empate antes do intervalo.

Depois, o cenário se agravou. As entradas de Danilo e Vitor Roque não mudaram o ritmo lento do time, que passou a errar mais passes e perdeu intensidade no meio-campo. A melhor jogada do Brasil veio justamente de uma ação individual: Vitor Roque pressionou a saída tunisiana, recuperou a bola e sofreu o segundo pênalti da noite. Dessa vez Lucas Paquetá assumiu a cobrança e mandou por cima, desperdiçando a melhor chance de vitória.

O amistoso deixa a impressão de que o time ainda não encontrou um modelo claro. Os próximos compromissos, em março, serão bem mais exigentes: França em Boston e Croácia em Orlando. Serão os últimos testes antes da convocação final para o Mundial. Entre ajustes táticos, oscilações individuais e dificuldades de criação, Ancelotti terá pouco tempo para transformar uma equipe irregular em candidata real ao título. O Brasil entra em 2026 precisando de respostas que ainda não apareceram.

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