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Nas águas

9ª edição da Travessia Itaparica Salvador terá várias provas na Baía de Todos os Santos

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Nas águas abertas da Baía de Todos os Santos, a 9ª edição da Travessia Itaparica-Salvador vai reunir cerca de 800 atletas, em provas principais masculina e feminina, no dia 22 de dezembro (domingo), com saída na Praia dos Búzios, em Gameleira, às 8h, e chegada na praia do Porto da Barra. O evento terá início no sábado (21/12), a partir das 8h, no Porto da Barra, quando serão disputadas as provas de 200 Metros e 400 Metros, para crianças e iniciantes; 900 Metros, com uso de equipamentos; 1.500 Metros, categoria rápida; e a Meia TIS que compreende a metade da distância da prova principal.

Realizada pelo Yacht Clube da Bahia, Federação Baiana Desportos Aquáticos – FBDA e Prefeitura de Salvador, Saltur, a Travessia é apresentada pela PetroBahia e conta com o patrocínio da Speedo, Shopping da Bahia, Ponte Salvador Itaparica, Itaipava, Faz Atleta e Governo do Estado. O evento tem o apoio da Prefeitura de Vera Cruz, Village Itaparica, Ultrabar, Tia Sônia, Oliverde, Farmô, Avatim, Camarote Villa, Hydrus, Mais Cabello, Melissa, Disk Bananas, Malu Chips, Nature Barr, Laticínios Dengo, Casa Esportiva, Ultra Cofee, Jungle, Cambucha Unaqui, New Tab.

Muito horado em ser convidado para ser o padrinho desta edição da Travessia Salvador Itaparica, o cantor e compositor Durval Lelis, conta que a natação é o esporte mais importante de sua vida. “Desde garoto faço natação. Comecei na Associação Atlética da Bahia na infância e fui campeão baiano de natação em 1967. Guardo essa lembrança no coração, porque a natação me trouxe muitas alegrias. Adoro a segurança de nadar no mar e praticar esse esporte que cuida de todo o nosso corpo”.

Provas

A prova principal, Itaparica-Salvador, contará com a participação de 180 atletas, qualificados durante as etapas do Circuito Baiano de Natação em Água Abertas. Entre os atletas masculinos considerados favoritos, está confirmada a participação de Ronaldo Zambrano (campeão de 2023), Henrique Figueirinha e Arthur Brito. A prova feminina contará com a presença de Lizian Simões (campeão de 2023) e Victoria Beatriz Rosario.

No sábado (21/12), serão realizadas as prova dos 6 Km, meia travessia, na qual os nadadores farão o percurso na altura do Terminal Náutico até o Porto da Barra; a rápida Sprin TIS, de 1,5 Km; e a de iniciantes 900 metros, com equipamentos, que partirão do Yacht Clube até o Porto da Barra.

Ainda no primeiro dia, os iniciantes e crianças, a partir de 7 anos, podem participar da prova de 200 e 400 metros, realizada na praia do Porto da Barra. Nestas categorias, os atletas poderão utilizar pé de pato, pull buoy, palmar e boias sinalizadoras. Esta edição terá uma participação maior de crianças, idosos e deficientes.

Os vencedores nas provas masculina e feminino da Travessia Itaparica Salvador receberão a seguinte premiação em dinheiro: 1º lugar – R$ 5.000,00; 2º lugar – R$ 3.500,00; 3º lugar – R$ 2.500,00; 4º lugar – R$ 2.000,00; e 5º lugar – R$ 1.500,00. Já na categoria Master Feminina e masculina, a premiação será a seguinte: 1º lugar – R$ 1.500,00; 2º lugar – R$ 1.000,00; e 3º lugar – R$ 500,00. Os campeões de cada categoria receberão troféu e todos os participantes ganharão medalha e kit atleta.

Os atletas poderão participar das ações sociais do evento, com doações de alimentos não perecíveis e material de natação. Os alimentos serão doados para a instituição NASPEC e os materiais serão utilizados nos projetos sociais de natação em Salvador e Vera Cruz.

“A Travessia Itaparica-Salvador é mais do que um evento, é a consagração de um ano inteiro de dedicação, superação e conquista. Assim como a Série A é o auge do futebol, essa prova representa o topo da elite da natação. Apenas os atletas que se destacaram ao longo de 2024 e atingiram os critérios para a participação têm a honra de enfrentar esse desafio épico. Essa prova não é só um marco no calendário esportivo; ela celebra a jornada e o esforço de cada um que conquistou o direito de estar lá”, afirma Marco Antônio Lemos Rainha, presidente da FBDA.

Infraestrutura

Nos dois dias do evento, o Porto da Barra contará com uma total infraestrutura, como uma grande arena de apoio para dar mais conforto e segurança aos atletas e seus familiares. No mar, os nadadores contarão com a total segurança aquática, através do apoio do Salvamar, Corpo de Bombeiros e da Capitania dos Portos, que vai regular o tráfego de embarcações em todas as provas.

Na Travessia Itaparica Salvador, cada atleta deverá contratar uma embarcação para acompanhá-lo no percurso da Praia de Gameleira até o Porto da Barra. Todos os atletas contam com seguro de vida, hidratação e com a assistência de ambulâncias de plantão nas praias.

A preservação do meio ambiente é uma preocupação constante da produção do evento durante as provas do circuito baiano e da Travessia Itaparica Salvador. A empresa ECCOMAR será responsável pelo recolhimento do lixo nas praias do Porto da Barra e dos Búzios, que será destinado para descarte e reciclagem. No ano passado, foram recolhidos mais de 1 tonelada de lixo.

Com um aumento de atletas de outros estados, o evento também contribui para uma maior movimentação turística em Salvador. Os atletas e acompanhantes permanecem em média 4 dias na cidade, aproveitando a programação de festas neste período de final de ano.

Artigos

Surfar depois dos 40: uma nova onda de consciência

Carioca Phil Rajzman, tricampeão mundial de longboard, afirma que é muito mais libertador surfar agora

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por Phil Rajzman *

Surfar aos 40 anos é uma experiência diferente. Já não é mais só sobre performance, vitórias ou títulos — é sobre significado de vida.

Depois de três décadas remando atrás de ondas ao redor do mundo, minha relação com o surfe foi se transformando naturalmente. Começou como uma brincadeira de criança, virou profissão, paixão e, mais recentemente, cura. No final de 2023, fui diagnosticado com câncer. Passei o ano de 2024 em tratamento. Em meio aos desafios físicos e emocionais, o surfe foi meu ponto de equilíbrio. O mar se tornou meu templo.

Mesmo ainda em remissão, tive forças para competir e vencer, em abril, a etapa de Saquarema, do circuito sul-americano da WSL (REMA WSL Saquarema Surf Festival). Uma vitória que não foi apenas esportiva — foi existencial. Cada onda agora tem um outro valor. A energia que troco com o oceano carrega mais do que técnica: carrega gratidão.

Aos 40, a gente entende o corpo com mais profundidade. As manobras mais explosivas exigem cuidados maiores, trocas rápidas de direção. Tudo isso pede respeito aos limites. Mas, ao mesmo tempo, a mente está mais afiada, o estilo mais refinado e a leitura do mar mais precisa. A técnica evolui com o tempo, e isso é libertador.

Minha preparação física hoje é mais equilibrada: yoga, treino funcional, musculação leve, respiração e meditação. Valorizo o descanso e a alimentação. Não busco mais o corpo de um atleta no auge. Busco saúde e longevidade. Quero continuar surfando não só bem, quero continuar surfando sempre.

Meu surfe mudou muito. Evoluiu junto com a minha percepção de mundo. As viagens, as competições, os aprendizados com os mestres — tudo isso foi moldando meu estilo. Sempre busquei unir o clássico com o progressivo, mesmo quando o circuito internacional tentou empurrar o Longboard para uma direção única e engessada.

Acredito que a verdadeira beleza do Longboard está no equilíbrio. No toque leve dos pés no bico da prancha e, ao mesmo tempo, na potência da manobra bem encaixada. Tenho orgulho de ter mantido minha essência mesmo me adaptando aos novos critérios, o que me levou a conquistar meu terceiro título mundial em 2016.

Do Rio para o mundo: uma vida no mar  

Minha primeira viagem de surfe foi aos 10 anos, em 1992, representando o Rio de Janeiro no circuito brasileiro amador. Lembro com carinho das viagens no ônibus da FESERJ (Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro) com a equipe, parando em lugares como São Paulo, Florianópolis e Ceará. Era o começo de uma jornada que se tornaria minha vida inteira.

Em 2004, em Puerto Escondido, no México, vivi uma das experiências mais marcantes da minha carreira: vencer o evento mundial “Oxbow Soul and Stulyle”. Me vanglorio não só pelo nível das ondas — pesadas, tubulares, desafiadoras -, mas também pelo nível dos competidores: eram 16 campeões mundiais da história do Longboard reunidos. Terminei campeão do evento em uma final contra o Joel Tudor, o que consolidou minha trajetória internacional e marcou o início de uma nova fase na minha carreira. Esse campeonato me fez entender até onde o surfe poderia me levar.

Já enfrentei situações perigosas também. Em Sunset Beach, no Havaí, por volta de 1999, fiquei duas ondas submerso em um mar de 15 pés. Naquela época, não existiam os recursos de segurança de hoje, como coletes infláveis ou jet ski de resgate. Foi um susto grande, mas me ensinou muito sobre respeito ao oceano. E surfei também em Jaws, a onda de Peahi/Havaí, com ondas de 35 pés, na remada. Ali, é outro nível de poder da natureza. O mar se impõe. É preciso preparo físico, mental, espiritual — e muita humildade. São momentos que marcam para sempre. Felizmente, hoje temos tecnologia e preparação física que nos ajudam a minimizar os riscos nessas condições extremas.

E por falar em tecnologia, hoje, desenho minhas próprias pranchas. Busco o equilíbrio entre tradição e tecnologia. As pranchas modernas oferecem leveza, precisão e adaptação — mas carrego comigo o respeito pelas pranchas clássicas, com suas linhas puras e sua alma.

Admiro os shapes californianos, mas adapto para o meu estilo, para as ondas do Brasil e para o meu corpo. Acredito que cada surfista precisa encontrar a prancha que converse com sua essência — e isso, para mim, é parte fundamental do surfe como arte.

O surfe como escola de vida 

Se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria nada. Cada erro me ensinou. Cada vitória me mostrou aonde posso chegar. O surfe me deu tudo — e tudo o que ele tirou, foi para me ensinar a ser alguém melhor.

Hoje, o surfe representa liberdade, equilíbrio, espiritualidade e família. É através dele que me conecto com minha filha Coral, que começa agora a viver sua relação com o mar. Meu sonho é envelhecer surfando ao lado dela, sem pressa, sem pressão — apenas sentindo a energia da onda.

Ainda sonho em surfar em lugares que nunca fui, como Cloudbreak – um dos 10 melhores picos de surfe, na ilha de Tavarua, em Fiji -, Indonésia (Ásia) e Teahupo’o (Polinésia Francesa). Mas, acima de qualquer destino, o que importa é o que a onda traz: presença.

Aos jovens que estão começando agora, deixo um conselho simples: Mantenham sua essência. Respeitem o mar. Estudem as pranchas. Entendam seus corpos. Aprendam com os mais velhos, mas sigam a própria verdade.

O surfe é muito mais do que competição. É um estilo de vida. É uma linguagem silenciosa com a natureza.

Enquanto eu tiver saúde e vontade, estarei no mar. Porque o surfe é isso: um ciclo sem fim. Um retorno constante a quem realmente somos.

Aloha!

* Phil Rajzman é tricampeão mundial de longboard (em 2007 e 2016, campeão mundial pela World Surf League; e 2004 campeão mundial pela Oxbow Pro), bicampeão Pan-Americano (2007 e 2009) e atleta da elite mundial por 25 temporadas (até 2022).

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Na saúde

Idoso surfa pela primeira vez aos 99 anos e mostra que nunca é tarde para começar

Jakob Alfred encarou o desafio prestes a completar 100 anos e ao lado do filho

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Onde você se imagina aos 99 anos? Quais desafios você acha que conseguirá realizar? Jakob Alfred, suíço-brasileiro que vive no Brasil há mais de vinte anos, decidiu radicalizar e realizar um feito memorável: surfar pela primeira vez na vida. A experiência foi em uma piscina de ondas, com o apoio de seu filho, Stefan Santille, empreendedor no universo dos esportes radicais e da moda urbana para jovens atletas.

A ideia surgiu em uma conversa despretensiosa. “Enquanto estávamos no clube, meu pai comentou: ‘Queria ter 20 anos a menos para tentar pegar uma onda’. Quando contei isso aos professores de surf, eles se entreolharam, pensaram e aceitaram o desafio”, relembra Stefan. E no mesmo dia, Jakob já estava na prancha, encarando o primeiro “drop” com coragem em uma piscina de ondas artificiais.

Apesar de ser quase centenário, Jakob lembra que o espírito esportivo sempre o acompanhou. “Na época em que trabalhava em escritório, ia de bicicleta. Meus colegas me ultrapassavam de carro com motorista e eu pedalando de terno”, conta, aos risos. O surf, no entanto, era um território inexplorado — até agora.

“Durante minha infância, não tínhamos acesso aos esportes radicais. A primeira vez que ouvi a palavra ‘surf’ foi associada ao Havaí. Nunca imaginei que um dia teria essa chance”, lembra Jakob. A estrutura segura de uma piscina de ondas – além de uma orientação especializada – foram fundamentais para que o momento fosse possível (e inesquecível).

O surf em piscinas com ondas artificiais tem aumentado o acesso ao esporte para praticantes de todas as idades. Essas estruturas simulam as condições reais do mar, com ondas que podem ser surfadas por iniciantes ou profissionais que buscam aperfeiçoamento técnico. O ambiente controlado é ideal para quem deseja começar com segurança — como Jakob. “É maravilhoso ver que a paixão pelo esporte não tem idade. Vai ficar para sempre a experiência como profissional e de vida”, diz Maurício Eyphanio, educador físico e professor de surf que orientou Jakob.

A prática de esportes na terceira idade é apontada por especialistas como fundamental para o bem estar físico e mental. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), a práica regular de exercícios reduz o risco de doenças crônicas, melhora a mobilidade e aumenta a expectativa de vida. Entretanto, somente 13,9% dos idosos seguem as orientações médicas de atividades aeróbicas e fortalecimento muscular.

“É de extrema importância fazer atividade física, principalmente na terceira idade. Além de benefícios ao corpo, proporciona benefícios para a alma, pois com o passar dos anos o envelhecimento provoca progressivamente uma perda estrutural e funcional no organismo do ser humano, gerando perda de massa muscular, consequentemente perda de força, podendo tornar a pessoa dependente e sem autonomia”, explica Diego Piva, profissional de educação física e coordenador do Centro de Referência e Atenção ao Idoso da Universidade de Passo Fundo (Creati/UPF).

Para Stefan Santille, a jornada do pai é um reflexo dos valores que o inspiram na vida e no trabalho. “A superação está no nosso DNA. O esporte ensina a cair, levantar, persistir e celebrar. Isso vale para jovens atletas e também para quem, como meu pai, encara a vida com coragem mesmo quase aos 100 anos”.

Agora, com a aproximação do centésimo aniversário, a história de Jakob mostra que nunca é tarde para se entregar a uma nova experiência. “Viver quase um século me ensinou que a idade só limita quem deixa de sonhar. Nunca imaginei que surfaria, mas a vida sempre pode nos surpreender — basta estarmos dispostos a tentar”.

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Nas águas

Juazeiro recebe etapa do Campeonato Baiano e da Copa Brasil de Águas Abertas

A expectativa é reunir mais de 400 nadadores de várias partes do país

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A orla de Juazeiro vai sediar a quinta etapa do Campeonato Baiano de Águas Abertas e (pela primeira vez) a 11ª etapa da Copa Brasil de Águas Abertas no dia 12 de julho, nas margens do Rio Velho Chico. A expectativa é reunir mais de 400 nadadores, em disputas que vão mobilizar atletas de várias partes do país.

As provas serão divididas ao longo do dia, com percursos de 2,5 quilômetros e 500m pela manhã e distâncias de 1,5 e 4 quilômetros e 250m pela tarde. Os resultados vão contar tanto para o ranking estadual como para a classificação nacional da Copa Brasil, ampliando a importância da etapa para atletas que buscam pontuação na temporada.

O evento, tradicional no calendário aquático baiano, contará ainda com provas infantis e festivais de base, reunindo atletas mirim e petiz em percursos reduzidos, mas fundamentais para incentivar novos talentos. Para o presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos, Marco Antônio Lemos, a etapa em Juazeiro carrega significado especial.

“Juazeiro tem sido um dos pontos altos do nosso calendário. Com a chegada da Copa Brasil, crescemos em visibilidade e também em responsabilidade. É um desafio que a gente encara com estrutura, qualidade técnica e muito orgulho de ver a Bahia consolidada nas águas abertas”

Entre os destaques confirmados estão Guilherme Schubach (categoria Infantil 2, Yacht), Victoria Rosário (Júnior 01, CEPE), Claudine Tekes (Sênior C, CEPE) e Eduardo Mustafá (Júnior 01, Yacht), nomes que já figuraram em pódios importantes este ano. Em abril, nadadores baianos conquistaram 59 medalhas no 30º Campeonato Brasileiro em Maceió, e em maio somaram mais 44 medalhas no Brasileiro Interclubes em São Luís, resultados que reforçam a força da natação do estado em nível nacional.

O evento é uma realização da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), em parceria com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), e conta com apoio da Superintendência dos Desportos da Bahia (Sudesb), da Prefeitura de Juazeiro, além do patrocínio da Intermarítima, e parcerias da CBDA: Estácio, Instituto Yduqs, Embasa e Arena, assegurando infraestrutura e segurança para atletas e público durante toda a competição.

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