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Nos campos

Bahia se despede da Copa do Brasil Sub-20 após vitória insuficiente sobre o Fortaleza

Tricolor venceu por 2 a 1 em Camaçari, mas foi eliminado pelo placar agregado de 4 a 3

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O Bahia está fora da Copa do Brasil Sub-20. Mesmo com a vitória por 2 a 1 sobre o Fortaleza, nesta quinta-feira (4), no CT Evaristo de Macedo, em Camaçari, o resultado não foi suficiente para reverter a desvantagem construída no primeiro jogo, quando o Leão do Pici venceu por 3 a 1 no Ceará. Com o placar agregado de 4 a 3, os cearenses avançaram às quartas de final da competição.

O Tricolor entrou em campo disposto a reverter o cenário, e conseguiu impor ritmo e intensidade durante boa parte do confronto. Mas o gol sofrido ainda no primeiro tempo acabou pesando na conta. O Bahia reagiu, virou o placar e lutou até o fim, porém a vantagem construída pelo Fortaleza no jogo de ida acabou se mostrando decisiva.

Com a eliminação, o clube baiano volta o foco para o Campeonato Brasileiro da categoria e para a formação da próxima geração, que deve ser base dos elencos Sub-23 e profissional nos próximos anos.

Além do Fortaleza, também avançaram para as quartas de final o Sport, que superou o CRB com vitórias nas duas partidas (1 a 0 e 2 a 1), e o Atlético-MG, que eliminou o Flamengo nos pênaltis após empate no placar agregado. Já estavam classificados São Paulo, Novorizontino, América-MG, Iape-MA e Paysandu.

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Entre o jogo e o risco: caso Bruno Henrique expõe dilemas diante do avanço das apostas

O que a punição ao atacante do Flamengo revela sobre vulnerabilidades, riscos e a urgência por novas regras?

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por Alberto Goldenstein *

O recente processo envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, concluído com a aplicação de multa de R$ 100 mil, após revisão da decisão que inicialmente o suspendera por doze partidas, provoca um debate que vai muito além da punição. Ele coloca em evidência o ponto mais sensível do esporte atual: a crescente influência do mercado de apostas sobre o ambiente competitivo e os desafios que isso impõe à integridade das competições.

O julgamento teve origem na suspeita de que o jogador teria contribuído para um evento específico de jogo com potencial impacto em apostas, ainda que o tribunal, ao examinar o caso em profundidade, tenha afastado a hipótese de manipulação deliberada do resultado. Mesmo assim, a constatação de que houve compartilhamento de informação sensível foi considerada suficiente para justificar punição disciplinar, embora limitada à esfera administrativa e sem afastamento do atleta.

Esse desfecho revela muito sobre a fase atual do futebol brasileiro. Em poucos anos, as apostas deixaram de ocupar um espaço marginal e passaram a exercer influência direta sobre receitas, exposição de marcas e relações contratuais. O problema não está necessariamente na existência do setor, mas na rapidez com que ele se transformou em parte orgânica do esporte, sem que as estruturas de prevenção e controle acompanhassem essa evolução.

O avanço das microapostas, aquelas que transformam lances isolados em objetos de especulação, criou situações novas e delicadas. Pequenas ações que antes passavam despercebidas agora podem gerar movimentações financeiras expressivas. A fronteira entre comportamento de jogo, estratégia e atitude imprudente tornou-se mais estreita. Nesse cenário, casos envolvendo atletas ganham peso simbólico e colocam em xeque a confiança do torcedor.

É por isso que a discussão não pode se limitar ao resultado do julgamento. A integridade esportiva precisa ser tratada como pilar central da governança. Programas sérios de compliance, formação continuada para atletas e familiares, políticas internas claras sobre circulação de informações e cooperação efetiva entre clubes, reguladores e operadores de apostas são medidas urgentes. Do ponto de vista jurídico, também é indispensável atualizar o Código Brasileiro de Justiça Desportiva para refletir os novos modos de risco trazidos pela lógica de apostas instantâneas e altamente segmentadas.

O futebol brasileiro vive um momento decisivo. A credibilidade das competições é um patrimônio que se perde com facilidade, mas cuja reconstrução exige esforço contínuo. O caso de Bruno Henrique foi encerrado no âmbito disciplinar, mas a discussão que ele reacendeu permanece aberta: como proteger o jogo, seus agentes e sua reputação em um ambiente cada vez mais vulnerável?


 * Alberto Goldenstein é Presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB-Paraná

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Nos campos

Brasil joga mal e empata com a Tunísia no último jogo do ano

Luciano Juba fica no banco, Paquetá perde pênalti, e resultado revela problemas da Seleção

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A Seleção Brasileira voltou a campo para mais um amistoso preparatório e saiu de Lille com a sensação de que ainda falta muito para uma equipe competitiva se firmar. O empate por 1 a 1 com a Tunísia expôs velhas fragilidades: dificuldades na criação, lentidão para reagir e pouca clareza nas escolhas em momentos decisivos.

O Brasil começou mal e terminou pior. No primeiro tempo, a Tunísia encontrou espaço para contra-atacar pela esquerda e aproveitou um erro de Wesley para abrir o placar com Mastouri. A Seleção respondeu com jogadas previsíveis, dependentes de chutes de média distância, até que o VAR flagrou um toque de mão de Bronn e Estêvão converteu o pênalti que garantiu o empate antes do intervalo.

Depois, o cenário se agravou. As entradas de Danilo e Vitor Roque não mudaram o ritmo lento do time, que passou a errar mais passes e perdeu intensidade no meio-campo. A melhor jogada do Brasil veio justamente de uma ação individual: Vitor Roque pressionou a saída tunisiana, recuperou a bola e sofreu o segundo pênalti da noite. Dessa vez Lucas Paquetá assumiu a cobrança e mandou por cima, desperdiçando a melhor chance de vitória.

O amistoso deixa a impressão de que o time ainda não encontrou um modelo claro. Os próximos compromissos, em março, serão bem mais exigentes: França em Boston e Croácia em Orlando. Serão os últimos testes antes da convocação final para o Mundial. Entre ajustes táticos, oscilações individuais e dificuldades de criação, Ancelotti terá pouco tempo para transformar uma equipe irregular em candidata real ao título. O Brasil entra em 2026 precisando de respostas que ainda não apareceram.

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Nos campos

João Pedro se agiganta nos pênaltis e mantém Brasil vivo no Mundial sub-17

Seleção Brasileira vai enfrentar o Marrocos na próxima fase

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João Pedro já ultrapassou a fronteira da promessa e entrou no território dos protagonistas. O goleiro do Santos voltou a decidir uma classificação do Brasil na Copa do Mundo Sub-17 ao defender duas cobranças nos pênaltis contra a França — além de outra no tempo normal — e garantiu a vaga nas quartas de final, onde a Seleção enfrentará o Marrocos. Somando as heroicas três defesas diante do Paraguai, na fase anterior, ele já acumula seis penalidades defendidas no mata-mata, marca rara para qualquer goleiro de base.

A atuação monumental expôs, ao mesmo tempo, um Brasil competitivo, mas ainda irregular. A equipe sofreu para superar o bloqueio francês e desperdiçou um pênalti crucial aos 37 minutos do segundo tempo, quando Ruan Pablo, destaque do Bahia, acertou a trave. O próprio camisa 10, porém, resgatou a confiança ao bater a cobrança derradeira nas penalidades e selar a classificação.

O alívio só veio aos 44 minutos da etapa final, quando Pietro Tavares, do Cruzeiro, acertou um chute improvável no ângulo e levou o jogo à disputa que hoje parece o habitat natural de João Pedro. O gol, porém, também revelou a dificuldade brasileira de criar soluções coletivas diante de adversários que congestionam a intermediária — um sinal de alerta para o duelo contra os marroquinos, que têm justamente a defesa como ponto forte.

A classificação mantém a Seleção no torneio, mas a performance evidencia contrastes: ao mesmo tempo em que o time demonstra resiliência e talentos decisivos, ainda depende demais de ações individuais e de um goleiro que vive momento quase sobrenatural. No Mundial sub-17, João Pedro virou símbolo de confiança. Agora, o desafio é fazer o coletivo acompanhar o brilho do camisa 1.

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