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Na saúde

Academias ao ar livre em Salvador chegam a mais de 12 mil alunos

Iniciativa da Prefeitura é gratuita e tem transformado hábitos em diversas regiões da cidade

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Em apenas quatro meses de funcionamento, as 13 unidades da Academia Salvador já contabilizam mais de 100 mil acessos e impactam diretamente a vida de 12.700 alunos ativos. A iniciativa é da Prefeitura, e coordenada pela SEMPRE – Secretaria de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer. O projeto oferece espaços ao ar livre equipados com aparelhos de musculação e promove aulas coletivas, todas conduzidas por profissionais qualificados.

Os depoimentos dos usuários reforçam os benefícios que a prática regular de exercícios físicos tem trazido para a população, mudando hábitos e incentivando uma rotina mais saudável. Além disso, a facilidade de acesso e a gratuidade das academias têm sido fundamentais para atrair pessoas de diferentes idades e níveis de condicionamento, democratizando o acesso ao cuidado com o corpo.

A proposta também contribui para a conscientização sobre a importância da prática esportiva para a saúde física e mental. A estudante Raissa Costa, de 21 anos, é moradora do Tororó e trocou a caminhada pelas aulas pré-agendadas, gratuitas, e ao ar livre.
“Gostei do aplicativo, ele é bem desenvolvido, não trava, fácil de mexer e quando a pessoa marca de vir e não vem, bloqueia dois dias. Isso conscientiza a população que tem que marcar e vir, até por conta da saúde mesmo”, diz.

Para participar, é necessário agendar as aulas por meio do aplicativo MUDE, disponível gratuitamente na App Store e Play Store. Se ligue nessas informações importantes:
● As aulas têm duração de 50 minutos e são limitadas a um número pré-estabelecido de alunos.
● Cada usuário pode agendar até duas aulas por dia, desde que sejam de modalidades diferentes.
● É necessário apresentar um documento com foto para acessar os espaços.

Se você ainda não conhece, vale a pena baixar o app, visitar uma das unidades e sentir de perto o impacto positivo dessa iniciativa na sua rotina.

Como participar:
O cadastro requer nome, CPF, número de celular, data de nascimento e um contato de emergência. Além disso, o participante deve responder a um questionário sobre saúde e prática de exercícios, que será utilizado para elaborar uma ficha de saúde. A idade mínima para participar das aulas de musculação é 15 anos. Menores de 18 anos devem realizar a inscrição presencialmente, acompanhados de um responsável, e ambos devem apresentar documento de identificação com foto. Para maiores de 60 anos, é exigido um atestado específico que comprove aptidão para a prática de musculação.

Horários e locais
Segunda a Sexta-feira: 5h30 às 9h30 / 17h às 21h
Sábado: 6h às 10h
* Domingo: 6h às 9h (somente as unidades Bonfim, Dique do Tororó e Imbuí)

• Unidade Amaralina (Orla de Amaralina, s/n, ao lado do Largo das Baianas)
• Unidade São Caetano (Endereço: Rua Barbarino Gonçalves Magalhães, s/n – Sâo Caetano)
• Unidade Largo do Tanque (Canteiro Central)
• Unidade Barros Reis (Canteiro Central)
• Unidade Boca do Rio: (Av. Otávio Mangabeira, s/n° – próximo às quadras de tênis)
• Unidade Calabar (Avenida Centenário – Chame-Chame – em frente ao posto de gasolina)
• Unidade Itapuã (Rua Aristides Milton)
• Unidade Dique do Tororó
• Unidade Cajazeiras (Campo da Pronaica – Cajazeiras X)
• Unidade Mané Dendê (Via Tronco, s/n° – Ilha Amarela)
• Unidade Imbuí (Av. Jorge amado, s/n°, na Praça do Imbuí)
• Unidade Bonfim (Avenida Beira Mar)
• São Tomé de Paripe (Rua Beijamin de Souza – Final de Linha)

Na saúde

Caminhada em Salvador valoriza o leite materno como “vacina natural”

Ação no Jardim de Alah reforça os benefícios da amamentação para a saúde de mães e bebês durante o Agosto Dourado

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A orla de Salvador vai receber uma mobilização especial em prol da saúde infantil no primeiro domingo de agosto (3): a Caminhada pela Amamentação, que celebra o Agosto Dourado — campanha mundial de incentivo ao aleitamento materno. O percurso começa às 8h, no Jardim de Alah, com destino ao Centro de Convenções, na Boca do Rio.

A ação é organizada pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) e pelo Comitê Estadual de Aleitamento Materno (CIAM), com apoio da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). O objetivo é lembrar que amamentar é um ato de afeto, resistência e proteção. “Queremos que todas as mães saibam que não estão sozinhas nessa jornada”, afirma a pediatra Ana Paz, presidente da Sobape.

O leite materno é apontado por especialistas como o alimento mais completo para um bebê nos primeiros meses de vida. Rico em proteínas, vitaminas e anticorpos, ele funciona como uma espécie de “vacina natural” — fortalecendo o sistema imunológico do recém-nascido e prevenindo infecções, alergias e doenças crônicas como obesidade e diabetes.

Mas os benefícios não são apenas para os bebês. Amamentar também contribui para a saúde da mulher, ajudando na recuperação pós-parto e reduzindo os riscos de câncer de mama e ovário. Além disso, fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho.

A Organização Mundial da Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e sua continuidade, junto com outros alimentos, até os dois anos ou mais. A caminhada, portanto, é um convite ao cuidado coletivo com a infância — e à valorização de um gesto que salva vidas.

* foto meramente ilustrativa produzida com inteligência artificial

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Na saúde

Estudo aponta que dançar melhora a saúde física, psicológica e cognitiva

Atividade física tem efeitos comparáveis – e até superiores – aos dos exercícios tradicionais

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Dançar pode ser muito mais do que lazer ou expressão cultural. Um estudo publicado na revista Sports Medicine, com base em uma análise da Universidade de Sydney, mostra que a dança estruturada tem efeitos amplos e consistentes na saúde física e mental, com destaque para ganhos cognitivos e emocionais em pessoas de diferentes idades e condições.

A pesquisa comparou os benefícios da dança a exercícios físicos mais tradicionais, como os de força ou resistência, e concluiu que ela pode ser tão eficaz quanto — ou até mais — em aspectos como autoestima, motivação, cognição social, memória e redução do sofrimento emocional. Segundo o estudo, a prática regular de dança também melhora a mobilidade, o equilíbrio e o bem-estar de pessoas com doenças como o Parkinson.

Para Allan Lacerda, coordenador da Rede Alpha Fitness, essa abordagem quebra paradigmas. “A dança é uma opção acessível para qualquer pessoa, em qualquer nível de condicionamento. Ela une movimento, música e prazer — o que favorece a adesão e o engajamento ao longo do tempo.”

Além do impacto fisiológico, o estudo aponta que a dança cria espaços de interação, pertencimento e rede de apoio, fatores-chave na prevenção de problemas como depressão e declínio cognitivo associados ao isolamento social.

Incorporar a dança a rotinas de cuidado com a saúde — inclusive em programas terapêuticos — pode ser uma estratégia mais completa, pois trabalha corpo, mente e emoções em sinergia. Em vez de apenas combater sintomas, a dança promove conexões e estimula a alegria, que também são parte da cura.

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Artigos

Surfar depois dos 40: uma nova onda de consciência

Carioca Phil Rajzman, tricampeão mundial de longboard, afirma que é muito mais libertador surfar agora

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por Phil Rajzman *

Surfar aos 40 anos é uma experiência diferente. Já não é mais só sobre performance, vitórias ou títulos — é sobre significado de vida.

Depois de três décadas remando atrás de ondas ao redor do mundo, minha relação com o surfe foi se transformando naturalmente. Começou como uma brincadeira de criança, virou profissão, paixão e, mais recentemente, cura. No final de 2023, fui diagnosticado com câncer. Passei o ano de 2024 em tratamento. Em meio aos desafios físicos e emocionais, o surfe foi meu ponto de equilíbrio. O mar se tornou meu templo.

Mesmo ainda em remissão, tive forças para competir e vencer, em abril, a etapa de Saquarema, do circuito sul-americano da WSL (REMA WSL Saquarema Surf Festival). Uma vitória que não foi apenas esportiva — foi existencial. Cada onda agora tem um outro valor. A energia que troco com o oceano carrega mais do que técnica: carrega gratidão.

Aos 40, a gente entende o corpo com mais profundidade. As manobras mais explosivas exigem cuidados maiores, trocas rápidas de direção. Tudo isso pede respeito aos limites. Mas, ao mesmo tempo, a mente está mais afiada, o estilo mais refinado e a leitura do mar mais precisa. A técnica evolui com o tempo, e isso é libertador.

Minha preparação física hoje é mais equilibrada: yoga, treino funcional, musculação leve, respiração e meditação. Valorizo o descanso e a alimentação. Não busco mais o corpo de um atleta no auge. Busco saúde e longevidade. Quero continuar surfando não só bem, quero continuar surfando sempre.

Meu surfe mudou muito. Evoluiu junto com a minha percepção de mundo. As viagens, as competições, os aprendizados com os mestres — tudo isso foi moldando meu estilo. Sempre busquei unir o clássico com o progressivo, mesmo quando o circuito internacional tentou empurrar o Longboard para uma direção única e engessada.

Acredito que a verdadeira beleza do Longboard está no equilíbrio. No toque leve dos pés no bico da prancha e, ao mesmo tempo, na potência da manobra bem encaixada. Tenho orgulho de ter mantido minha essência mesmo me adaptando aos novos critérios, o que me levou a conquistar meu terceiro título mundial em 2016.

Do Rio para o mundo: uma vida no mar  

Minha primeira viagem de surfe foi aos 10 anos, em 1992, representando o Rio de Janeiro no circuito brasileiro amador. Lembro com carinho das viagens no ônibus da FESERJ (Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro) com a equipe, parando em lugares como São Paulo, Florianópolis e Ceará. Era o começo de uma jornada que se tornaria minha vida inteira.

Em 2004, em Puerto Escondido, no México, vivi uma das experiências mais marcantes da minha carreira: vencer o evento mundial “Oxbow Soul and Stulyle”. Me vanglorio não só pelo nível das ondas — pesadas, tubulares, desafiadoras -, mas também pelo nível dos competidores: eram 16 campeões mundiais da história do Longboard reunidos. Terminei campeão do evento em uma final contra o Joel Tudor, o que consolidou minha trajetória internacional e marcou o início de uma nova fase na minha carreira. Esse campeonato me fez entender até onde o surfe poderia me levar.

Já enfrentei situações perigosas também. Em Sunset Beach, no Havaí, por volta de 1999, fiquei duas ondas submerso em um mar de 15 pés. Naquela época, não existiam os recursos de segurança de hoje, como coletes infláveis ou jet ski de resgate. Foi um susto grande, mas me ensinou muito sobre respeito ao oceano. E surfei também em Jaws, a onda de Peahi/Havaí, com ondas de 35 pés, na remada. Ali, é outro nível de poder da natureza. O mar se impõe. É preciso preparo físico, mental, espiritual — e muita humildade. São momentos que marcam para sempre. Felizmente, hoje temos tecnologia e preparação física que nos ajudam a minimizar os riscos nessas condições extremas.

E por falar em tecnologia, hoje, desenho minhas próprias pranchas. Busco o equilíbrio entre tradição e tecnologia. As pranchas modernas oferecem leveza, precisão e adaptação — mas carrego comigo o respeito pelas pranchas clássicas, com suas linhas puras e sua alma.

Admiro os shapes californianos, mas adapto para o meu estilo, para as ondas do Brasil e para o meu corpo. Acredito que cada surfista precisa encontrar a prancha que converse com sua essência — e isso, para mim, é parte fundamental do surfe como arte.

O surfe como escola de vida 

Se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria nada. Cada erro me ensinou. Cada vitória me mostrou aonde posso chegar. O surfe me deu tudo — e tudo o que ele tirou, foi para me ensinar a ser alguém melhor.

Hoje, o surfe representa liberdade, equilíbrio, espiritualidade e família. É através dele que me conecto com minha filha Coral, que começa agora a viver sua relação com o mar. Meu sonho é envelhecer surfando ao lado dela, sem pressa, sem pressão — apenas sentindo a energia da onda.

Ainda sonho em surfar em lugares que nunca fui, como Cloudbreak – um dos 10 melhores picos de surfe, na ilha de Tavarua, em Fiji -, Indonésia (Ásia) e Teahupo’o (Polinésia Francesa). Mas, acima de qualquer destino, o que importa é o que a onda traz: presença.

Aos jovens que estão começando agora, deixo um conselho simples: Mantenham sua essência. Respeitem o mar. Estudem as pranchas. Entendam seus corpos. Aprendam com os mais velhos, mas sigam a própria verdade.

O surfe é muito mais do que competição. É um estilo de vida. É uma linguagem silenciosa com a natureza.

Enquanto eu tiver saúde e vontade, estarei no mar. Porque o surfe é isso: um ciclo sem fim. Um retorno constante a quem realmente somos.

Aloha!

* Phil Rajzman é tricampeão mundial de longboard (em 2007 e 2016, campeão mundial pela World Surf League; e 2004 campeão mundial pela Oxbow Pro), bicampeão Pan-Americano (2007 e 2009) e atleta da elite mundial por 25 temporadas (até 2022).

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