O Galícia está de volta à elite do futebol baiano. Após oito anos de ausência, o tradicional clube soteropolitano garantiu o acesso à Série A do Baianão 2026 neste domingo (13), ao vencer o Itabuna nos pênaltis por 9 a 8, depois de um empate sem gols no tempo regulamentar. O duelo aconteceu no Estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana.

Com a classificação, o Azulino Granadeiro também carimbou presença na decisão da Série B, onde enfrentará o Bahia de Feira, que venceu o Fluminense no sábado (12) e também assegurou seu retorno à elite estadual.

Pênaltis de tirar o fôlego

A partida foi truncada e marcada por poucas chances claras, mas a emoção ficou reservada para a disputa de pênaltis mais longa da competição. Logo de início, ambos os times desperdiçaram as duas primeiras cobranças, alimentando o nervosismo no Joia da Princesa.

O Itabuna chegou a ter a vantagem, mas voltou a falhar em momentos cruciais — inclusive com duas penalidades desperdiçadas por Vicente, ex-Vitória. O Galícia, por sua vez, também oscilou, mas mostrou mais frieza nas cobranças alternadas. Na nona batida, enfim, o gol da classificação foi convertido e selou o acesso.

Tradição em reconstrução

Fundado em 1933 e com cinco títulos da Série A (o último em 1968), o Galícia tenta se reerguer após anos difíceis. Com 15 pontos na primeira fase da Série B — somando quatro vitórias, três empates e duas derrotas — o time se classificou para o mata-mata na última vaga entre os quatro semifinalistas. Agora, com o acesso confirmado, busca o tricampeonato da Série B, após conquistas em 1985, 1988 e 2013.

Um ano depois do rebaixamento, o Bahia de Feira está de volta à Série A do Campeonato Baiano. O acesso foi sacramentado neste sábado (12), com uma vitória por 3 a 0 sobre o Fluminense de Feira, na Arena Cajueiro, em clássico decisivo da semifinal da Série B estadual. No jogo de ida, as equipes haviam empatado por 1 a 1.

Com gols de Lucas Santos e Rhuann, o Tremendão garantiu o retorno à elite e celebrou em casa, diante da sua torcida, o encerramento de uma temporada marcada por regularidade e superação. O clube, que foi campeão baiano em 2011, volta a figurar entre os principais do estado em 2026.

Campanha segura e reação rápida

O Bahia de Feira demonstrou consistência ao longo da competição. Na primeira fase, somou 20 pontos, com nove vitórias, dois empates e apenas uma derrota — desempenho que o colocou como segundo colocado geral e pavimentou o caminho até o mata-mata.

A segunda divisão do Campeonato Baiano entra na sua fase mais tensa com duas semifinais em aberto após os jogos de ida, disputados neste fim de semana. Em Feira de Santana, no estádio Joia da Princesa, Fluminense e Bahia de Feira fizeram um clássico local equilibrado e empataram por 1 a 1. Já no domingo, Galícia e Itabuna ficaram no 0 a 0 na Arena Cajueiro, adiando todas as definições para os confrontos de volta.

No duelo entre os times de Feira, o clima esquentou mais do que o previsto. O meia João Grilo, do Fluminense, protagonizou um lance absurdo ao morder o adversário Patrick, do Bahia de Feira, em cena que lembrou o famoso episódio com Suárez na Copa de 2014. Ambos acabaram expulsos ainda no primeiro tempo, o que mudou a dinâmica da partida. Mesmo com o jogo pegado, o empate manteve a disputa em aberto: o reencontro será no próximo sábado (12), na Arena Cajueiro, às 15h, valendo vaga na final e o sonho do retorno à elite estadual.

Já o domingo foi marcado por equilíbrio absoluto. Galícia e Itabuna, dois times com história e ambições de voltar à Série A do Baianão, fizeram uma partida truncada e com poucas chances reais de gol. O placar de 0 a 0 em Feira de Santana deixa tudo para o confronto de volta, marcado para o domingo (13), no Joia da Princesa, também às 15h. Em caso de novo empate, a classificação será decidida nos pênaltis.