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Como fortalecer as modalidades olímpicas e criar oportunidades para atletas, marcas e cidades

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*Por Fátima Bana¹

O Brasil é um país conhecido por sua paixão pelo esporte, mas quando se trata de esportes olímpicos, ainda enfrentamos muitos desafios. Embora o futebol e o vôlei dominem nossa identidade esportiva, outras modalidades olímpicas, especialmente as que demandam equipamentos específicos, ainda têm um longo caminho a percorrer.

Ao longo dos anos, o Brasil conquistou medalhas em esportes como judô, natação e atletismo, mas ainda há um grande potencial inexplorado. Modalidades que exigem equipamentos caros ou infraestrutura específica, como remo, ciclismo e ginástica, sofrem com a falta de investimento. Muitos atletas precisam superar barreiras enormes apenas para competir em pé de igualdade com outros países. Isso se deve em parte à falta de centros de treinamento adequados e ao acesso limitado a materiais esportivos de alta qualidade.

A realidade dos esportes olímpicos em nosso país é, muitas vezes, marcada pela dedicação de atletas e profissionais que atuam mais por amor ao esporte do que pelo apoio financeiro que recebem, afinal, muitos esportes complexos são negligenciados nessa questão. Isso não só limita o desenvolvimento de novos talentos, mas também impede que modalidades menos conhecidas ganhem destaque.

Além disso, a falta de programas de formação para técnicos e treinadores também prejudica o crescimento dos esportes olímpicos. Sem uma base sólida de profissionais qualificados, os atletas brasileiros acabam ficando em desvantagem competitiva em relação aos seus concorrentes internacionais.

Para mudar esse cenário, é essencial que haja um esforço conjunto entre governo, iniciativa privada e sociedade civil. Algumas das possíveis soluções incluem:

1. Melhoria na Infraestrutura: Investir na construção de centros de treinamento especializados em diferentes regiões do país pode oferecer aos atletas o suporte necessário para desenvolverem suas habilidades. Parcerias entre o setor público e privado podem ser uma forma eficaz de financiar esses projetos.

2. Educação Esportiva: Incluir modalidades olímpicas menos conhecidas nos currículos escolares pode ajudar a descobrir novos talentos. Além disso, investir na formação de treinadores e técnicos é fundamental para elevar o nível do esporte no Brasil.

3. Parcerias com Marcas: As empresas podem desempenhar um papel crucial ao patrocinar projetos voltados para o esporte olímpico. Esse tipo de investimento não só contribui para o desenvolvimento do esporte, mas também fortalece a imagem da marca junto ao público.

4. Programas Comunitários: Inspirados por exemplos internacionais, como o sucesso do rugby na Nova Zelândia e o crescimento do basquete em comunidades carentes nos Estados Unidos, o Brasil pode criar programas de inclusão esportiva em áreas menos favorecidas. Esses programas não apenas promovem a prática esportiva, mas também oferecem oportunidades de desenvolvimento social e educacional.

Benefícios para marcas e cidades: conheça alguns casos internacionais

Países como a Nova Zelândia e os Estados Unidos oferecem exemplos inspiradores de como o esporte pode ser utilizado como ferramenta de inclusão e desenvolvimento. Na Nova Zelândia, o rugby é mais do que um esporte; é parte da identidade nacional. Já nos Estados Unidos, programas de basquete em comunidades urbanas contribuíram para a redução da criminalidade e promoveram a educação entre os jovens.

Para as marcas, apoiar iniciativas esportivas pode trazer grandes retornos, tanto em termos de imagem quanto de engajamento com o público. Cidades que investem no desenvolvimento de esportes olímpicos também colhem benefícios, como o aumento do turismo esportivo e a melhoria da qualidade de vida de seus habitantes.

O Brasil tem um potencial imenso para crescer nos esportes olímpicos, mas isso exigirá esforço e colaboração. Com investimentos direcionados, parcerias estratégicas e uma abordagem inclusiva, podemos não só melhorar nosso desempenho nas Olimpíadas, mas também criar uma cultura esportiva mais diversificada e acessível para todos.

O momento é agora! Vamos transformar desafios em oportunidades e fazer dos esportes olímpicos um motivo de orgulho nacional, beneficiando atletas, marcas e cidades em todo o país.

¹ – Executiva de marketing e negócios, especialista em marketing esportivo com mais de 15 anos de experiência, Fundadora e Líder da empresa Rent a CMO. Possui experiência no Brasil, América Latina e mercado da Europa, EUA e China, sendo especialista e certificada em ESG por Harvard e Membro da Comissão de startups e scale-ups do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa). Mestre em Comportamento Digital de Consumo pela Universidade da Califórnia – USA e Doutoranda pelo MIT/USA, cursando PHD em Comportamento de consumo integrado a Inteligência Artificial. É ainda pós-graduada em Neuropsicologia, Especialista em Neuromarketing e Aprendizagem pela São Camilo e Einstein de São Paulo, e certificada em Neurofeedback pelo BTI Brasil.

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Games Esportivos: mudança ou repetição?

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Sou de uma geração que cresceu jogando Mega Drive, Master System e Nintendo. Eram tempos em que os jogos esportivos, mesmo com suas limitações gráficas e de jogabilidade, traziam uma sensação genuína de imersão e desafio. Com a chegada de consoles mais potentes como PlayStation, Xbox e a constante evolução dos PCs, a promessa era clara: jogos cada vez mais realistas, inovadores e imersivos. Mas será que essa promessa tem sido cumprida?

O Mercado Atual: Entre Realidade e Repetição

Hoje, os jogos de esportes vivem uma dualidade interessante. De um lado, temos avanços impressionantes em gráficos, física e inteligência artificial. A série FIFA (agora EA Sports FC), NBA 2K e Madden NFL, por exemplo, trazem jogadores e estádios extremamente detalhados, animações fluidas e modos de jogo variados. Do outro lado, sentimos que as mudanças entre uma edição e outra são superficiais, muitas vezes restritas a pequenas melhorias técnicas e atualizações de elencos.

Essa falta de inovação real reflete um modelo de mercado que prioriza a segurança financeira em detrimento da reinvenção. Franquias anuais, muitas vezes, investem mais em microtransações do que em mecânicas novas que realmente transformariam a experiência do jogador.

Atração e Diversão: Ainda Vale a Pena?

Apesar dessas críticas, é inegável que esses jogos ainda atraem milhões de jogadores. O fator competitivo, seja online ou entre amigos, continua sendo um grande chamariz. Além disso, a crescente inserção de modos como “carreira”, “myClub” e “Ultimate Team” mantêm a comunidade engajada, mesmo que muitas vezes dependam de compras adicionais para serem plenamente aproveitados.

Entretanto, como gamer de longa data, a sensação de estar jogando “mais do mesmo” é algo que se tornou recorrente. Os jogos esportivos, que antes surpreendiam a cada lançamento, agora parecem seguir um roteiro previsível. Por mais que o realismo gráfico e a física avancem, a inovação na jogabilidade está aquém do que se poderia esperar.

O Futuro dos Jogos Esportivos

O futuro desses games passa por diversas possibilidades. A inteligência artificial mais sofisticada pode transformar a dinâmica das partidas, tornando-as mais imprevisíveis e desafiadoras. A realidade virtual e aumentada, embora ainda em fase experimental, tem potencial para criar experiências totalmente novas. Além disso, modelos de monetização mais justos podem restaurar a confiança dos jogadores em algumas franquias.

Seja como for, o grande desafio das desenvolvedoras é equilibrar realismo, diversão e inovação sem cair na armadilha da repetição anual. Como jogador que acompanhou toda essa evolução, espero que o futuro traga mais do que apenas gráficos impressionantes e microtransações – mas sim, verdadeiras revoluções na forma como interagimos com os jogos esportivos.

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F1 25: O que realmente muda no novo game da EA?

Novo game vem com gráficos mais detalhados, curvas, inclinações e até pequenas imperfeições das pistas

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A cada ano, um novo jogo da franquia chega prometendo inovações, mas será que o F1 25 realmente entrega algo diferente? Desta vez, a Electronic Arts garante que sim. A grande estrela da nova edição é a tecnologia LiDAR, a mesma usada em carros reais para mapeamento tridimensional. Isso significa pistas mais detalhadas, com curvas, inclinações e até pequenas imperfeições mais fiéis à realidade. Essa novidade tem potencial para transformar a experiência de pilotagem e aumentar a imersão dos jogadores como nunca antes.

Além do aprimoramento gráfico, a jogabilidade também passou por ajustes importantes. O modo “Minha Equipe” foi reformulado para permitir uma abordagem mais estratégica na administração da escuderia, enquanto o modo história “Braking Point” retorna com novos desafios e personagens. Outro fator que torna esta edição especial é a atualização no grid de pilotos da vida real: a ida de Lewis Hamilton para a Ferrari e a estreia do brasileiro Gabriel Bortoleto trazem ainda mais dinamismo à experiência.

E, claro, a EA não poderia deixar de explorar a influência do cinema no automobilismo. Com o lançamento do filme “F1 The Movie”, os jogadores poderão pilotar pela equipe fictícia APXGP nos modos Carreira e Minha Equipe, além de acessar conteúdos extras pós-lançamento. Esse tipo de integração entre a mídia e os games reforça o apelo do jogo e cria novas possibilidades para os fãs da categoria.

Com lançamento marcado para 30 de maio e disponível para PlayStation 5 (PS5), Xbox Series X|S e PC, o game chega com a promessa de ser mais do que uma simples atualização anual. Com pistas mais realistas, mudanças significativas nos modos de jogo e uma conexão maior com o universo da Fórmula 1, este pode ser o jogo para os apaixonados por velocidade. Resta saber se, na prática, todas essas novidades realmente farão diferença dentro das pistas virtuais.

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Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4: Nostalgia, Música e a Fadinha do Skate

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Sempre que penso em jogos de skate, a franquia Tony Hawk vem imediatamente à mente, trazendo lembranças de desafios memoráveis e trilhas sonoras também inesquecíveis. Quem cresceu jogando sabe o quanto era empolgante passar horas tentando acertar aquela manobra perfeita, desbloquear novas pistas e curtir uma trilha sonora que marcou gerações. Agora, essa nostalgia ganha um toque especial com a chegada de Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, que, além de trazer tudo o charme dos clássicos, ainda conta com a participação da skatista brasileira Rayssa Leal.

Rayssa, nossa eterna “Fadinha do Skate”, conquistou o mundo com seu talento desde que apareceu em um vídeo viralizando na internet ainda criança. Hoje, com um currículo repleto de títulos e medalhas olímpicas, ela se junta a lendas como Tony Hawk, Bob Burnquist e Bucky Lasek neste remake tão aguardado. Ter a Rayssa como personagem jogável é um marco não apenas para os fãs do jogo, mas também para a nova geração de skatistas que ela inspira.

Além da presença da Rayssa, o jogo promete entregar uma experiência renovada e fiel às raízes da franquia. Os jogadores poderão personalizar seus skatistas, explorar novas pistas e se desafiar em um multiplayer online de até oito pessoas. E, como sempre, a trilha sonora será um espetáculo à parte, mantendo a tradição de incluir grandes nomes do rock e do ska.

O lançamento de Tony Hawk’s Pro Skater 3 + 4, previsto para 11 de julho de 2025, será a chance de reviver momentos inesquecíveis e apresentar o skate para uma nova geração. Para quem cresceu jogando e para quem está chegando agora, o game continua cumprindo seu papel de unir skatistas e gamers ao redor do mundo, desta vez com Rayssa Leal brilhando entre os grandes nomes do esporte. Mal posso esperar para pegar o controle e sentir essa emoção novamente!

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