Conecte-se com nossas redes

Na vida

O futebol como sonho e resistência: Felipe de Carvalho Araujo lança “O Canto de Laranjal”

Romance une paixão pelo esporte e crítica social em narrativa sobre superação, amizade e luta por um futuro melhor

Publicado

em

Em “O Canto de Laranjal”, estreia literária do roteirista e produtor audiovisual Felipe de Carvalho Araujo, o futebol transcende as quatro linhas e se torna um símbolo de resistência para jovens que enfrentam adversidades. Publicado pela Editora Flyve, o romance apresenta Clementino, um garoto de Laranjal, pequena cidade no interior da Bahia, cujo sonho de ser jogador profissional é combustível para superar a pobreza e o ambiente familiar marcado pela violência.

A trama é narrada pelo ponto de vista de Jânio, amigo e confidente de Clementino, e aborda os desafios da juventude em um contexto de escassez e opressão. A história ganha um tom ainda mais humano com Dulce, jovem sonhadora que desafia as expectativas impostas pela sociedade. Após um evento traumático, os caminhos dos protagonistas se entrelaçam, revelando a força dos laços de amizade e a busca por um futuro que parece inalcançável.

Felipe, que carrega em sua trajetória a luta de seus avós nordestinos pela sobrevivência, usa uma escrita poética e nostálgica para refletir sobre a capacidade de transformar sofrimento em crescimento. O autor também explora como o futebol, elemento central na cultura brasileira, pode ser uma metáfora para a vida de quem resiste à desigualdade. “O futebol é a metáfora perfeita para a vida daqueles que, mesmo diante da escassez, ousam acreditar. Não é o gol que define a trajetória — é o caminho percorrido, o suor derramado, as quedas e os recomeços”, afirma o escritor, que já teve seu trabalho reconhecido com o prêmio de melhor roteiro original pela OEI.

“O Canto de Laranjal” é uma ode à perseverança e um convite para refletir sobre a importância de sonhar. A obra também destaca o papel do esporte na formação de valores como resiliência e trabalho em equipe, inspirando jovens a enfrentar desafios e acreditar no impossível. Para quem busca uma leitura que alia crítica social, poesia e paixão pelo futebol, o romance de Felipe de Carvalho Araujo é um ponto de partida ideal. Afinal, em cada tropeço e recomeço, há uma lição de resistência e um fragmento de eternidade.

Ficha técnica:
Título: O Canto de Laranjal
Autor: Felipe de Carvalho Araujo
Editora: Flyve
Gênero: Romance YA / Ficção Brasileira
Classificação indicativa: +14 anos
Número de páginas: 200
Preço: R$ 49,90
Onde encontrar: Amazon e E-commerce Editora Flyve

Eventos

Festival Paralímpico reúne mais de 27 mil jovens e consolida movimento inclusivo no Brasil

Na Bahia, Salvador e Vera Cruz receberam o evento que amplia acesso ao esporte adaptado

Publicado

em

Mais de 27 mil crianças e jovens participaram, neste sábado (20), da 10ª edição do Festival Paralímpico Loterias Caixa, realizado em 105 cidades do país, incluindo todas as capitais. O evento, que teve como palco principal o Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, ofereceu vivências em modalidades como badminton, vôlei sentado, atletismo e futebol de cegos, reforçando a proposta de inclusão por meio do esporte.

Criado em 2018, o Festival cresceu rapidamente: de 7 mil inscritos em sua estreia para mais de 54 mil apenas em 2025, somando as duas edições do ano. O formato lúdico e descentralizado possibilita que crianças e adolescentes de 7 a 23 anos, com e sem deficiência, tenham o primeiro contato com o esporte adaptado — um passo inicial que pode se transformar em carreira esportiva.

Na Bahia, o evento aconteceu em Salvador e em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica. Em Maceió, três jovens do povo indígena Wassu Cocal percorreram 73 km até a capital para participar da iniciativa. Em Colatina (ES), nem a forte chuva afastou as famílias, que lotaram o evento e garantiram a maior participação fora das capitais, com 745 inscritos.

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), José Antônio Freire, o Festival representa mais que um calendário esportivo: “É o primeiro passo para que crianças com deficiência se sintam parte de um movimento nacional. A inclusão começa cedo e precisa estar presente em todas as regiões”.

Os números reforçam essa transformação. Desde 2018, o Festival saiu de 48 núcleos para mais de 100 em todo o país. O avanço coincide com a consolidação do Brasil como potência paralímpica e sinaliza um esforço contínuo de renovação.

A experiência também mostra o potencial social do evento: aproximar famílias, quebrar barreiras culturais e ampliar horizontes. Como destacou Ramon Pereira, diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB, “a cada edição, não é só o jovem que descobre o esporte, mas também os responsáveis que percebem o impacto positivo dessa vivência no dia a dia”.

Ao chegar à sua décima edição, o Festival Paralímpico se firma como uma vitrine da diversidade esportiva brasileira, mas também como instrumento de cidadania. Mais que revelar talentos, garante que milhares de jovens possam se reconhecer dentro de quadras, pistas e arenas, onde o esporte é mais que competição: é inclusão, oportunidade e transformação.

Continue Lendo

Na saúde

Setembro Amarelo: atividade física é aliada na prevenção ao suicídio

Exercícios ajudam a reduzir estresse, ansiedade e sintomas de depressão, fortalecendo autoestima e saúde mental

Publicado

em

O Setembro Amarelo, mês de conscientização e prevenção ao suicídio, reforça a urgência de discutir estratégias que promovam bem-estar emocional. Uma delas está mais próxima do que muitos imaginam: a atividade física. Além de cuidar do corpo, os exercícios atuam diretamente sobre a mente, ajudando a reduzir estresse, ansiedade e sintomas de depressão, além de estimular o bom humor e a autoestima.

Para o coordenador geral da Rede Alpha Fitness, Everton Raeda, exercitar-se vai além do movimento: “O exercício deixa de ser apenas movimento e se torna um gesto de autocuidado, capaz de fortalecer a autoestima, criar laços sociais e reduzir o isolamento emocional”. Essa dimensão coletiva e afetiva do esporte é fundamental no combate ao sofrimento psíquico.

O cenário no Brasil

Os números acendem um alerta. O Brasil registra, em média, 14 mil suicídios por ano, ou 38 mortes por dia. Entre jovens de 15 a 29 anos, o suicídio já é a quarta principal causa de morte. Estudos da Fiocruz (Cidacs) em parceria com Harvard apontam crescimento médio de 6% ao ano na taxa de suicídio entre jovens (2011-2022) e aumento de 29% nas notificações de autolesão entre adolescentes e jovens de 10 a 24 anos. Quase 100% dos casos estão relacionados a transtornos mentais não diagnosticados ou tratados.

Exercício como ferramenta de prevenção

A ciência mostra que a prática regular de atividades físicas libera endorfinas, regula o eixo do estresse (HPA) e melhora a qualidade do sono — fatores que influenciam diretamente o humor e o equilíbrio psicológico. O exercício, portanto, se torna um recurso acessível e eficaz na promoção da resiliência emocional.

Continue Lendo

Na saúde

Ministério do Esporte lança campanha nacional contra o capacitismo

Iniciativa busca usar o esporte como ferramenta de conscientização e valorizar o protagonismo das pessoas com deficiência

Publicado

em

O Ministério do Esporte lançou a campanha Setembro Verde – Contra o Capacitismo, voltada ao combate de frases e atitudes que, mesmo disfarçadas de elogio, reforçam preconceitos contra pessoas com deficiência. Expressões como “você é tão bonito(a), nem parece ter deficiência” ou “se ele conseguiu, qualquer pessoa consegue” estão no centro do alerta feito pela iniciativa, que marca o mês da inclusão.

O Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência — 7,3% da população, segundo o IBGE — e somente no primeiro semestre de 2024 foram registradas 74 mil denúncias na Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. O número expõe a urgência do enfrentamento ao capacitismo, ainda enraizado em práticas sociais e linguagens cotidianas.

Esporte como ferramenta de transformação

A diretora de Projetos Paradesportivos, Nayara Falcão, reforça que esta é a primeira vez que um ministério assume de forma direta a responsabilidade de enfrentar o capacitismo, com participação ativa das próprias pessoas com deficiência na construção das mensagens. Ela lembra ainda que a discriminação não é isolada: se conecta ao racismo, machismo, LGBTQIAPN+fobia e outras opressões.

Para o ministro André Fufuca, o protagonismo do esporte paralímpico brasileiro deve inspirar mudanças de mentalidade.

“Queremos usar o esporte como ferramenta de transformação e conscientização. Combater o capacitismo é tarefa de toda a sociedade”

Ações e mobilização

Durante setembro, a campanha promove ações educativas, oficinas, workshops e conteúdos acessíveis nas redes sociais, com atenção especial a duas datas: o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9) e o Dia Nacional do Paradesporto (22/9).

Além da sociedade civil e de entidades esportivas, a proposta é envolver outros órgãos do governo, parlamentares e imprensa. “Nosso compromisso é dar visibilidade à deficiência, propor um letramento coletivo e estimular cada pessoa a refletir sobre suas atitudes”, conclui Nayara.

Continue Lendo

Mais lidas