Conecte-se com nossas redes

Nos campos

Atletas do Bahia vivem expectativa de estreia da Seleção na Copa do Mundo Sub-17

Primeiro jogo é contra Honduras nesta terça-feira, em Doha, no Catar

Publicado

em

A Seleção Brasileira Sub-17 inicia nesta terça-feira (4), às 9h30 (horário de Brasília), sua caminhada na Copa do Mundo da categoria, enfrentando Honduras, no complexo esportivo Aspire Zone, em Doha, no Catar. Entre os convocados, três nomes do Bahia integram o grupo: o atacante Dell, o também atacante Ruan Pablo e o goleiro Arthur Jampa.

+ Confira os três jogadores do Bahia convocados para a Copa do Mundo Sub-17

Um dos destaques da equipe, Dell ressaltou o bom ambiente entre os jogadores e a preparação intensa para o torneio. “Estreia é sempre importante. Gera confiança tanto para os atletas quanto para a comissão, mas a gente está treinando bem durante toda essa preparação”, afirmou.

O jovem atacante, de 17 anos, destacou ainda o entrosamento fora de campo como um diferencial. “Esse grupo é muito diferenciado, além, claro, das características com a bola e também fora de campo também. Todo mundo resenha, todo mundo está junto e isso vai passando confiança”, completou. O goleiro Arthur Jampa compartilha do mesmo sentimento.

“A gente está na maior Seleção do mundo, que é o Brasil. Acredito que a gente tem todo o potencial do mundo para chegar o mais longe possível e trazer o troféu de volta para casa.”

A equipe comandada por Carlos Eduardo Patetuci iniciou a preparação no dia 20 de outubro e busca o penta mundial — o Brasil já conquistou quatro títulos da categoria (1997, 1999, 2003 e 2019). Após enfrentar Honduras, o time encara a Indonésia no dia 7, e fecha a fase de grupos contra a Zâmbia, no dia 10.

Artigos

Entre o jogo e o risco: caso Bruno Henrique expõe dilemas diante do avanço das apostas

O que a punição ao atacante do Flamengo revela sobre vulnerabilidades, riscos e a urgência por novas regras?

Publicado

em

Por

por Alberto Goldenstein *

O recente processo envolvendo o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, concluído com a aplicação de multa de R$ 100 mil, após revisão da decisão que inicialmente o suspendera por doze partidas, provoca um debate que vai muito além da punição. Ele coloca em evidência o ponto mais sensível do esporte atual: a crescente influência do mercado de apostas sobre o ambiente competitivo e os desafios que isso impõe à integridade das competições.

O julgamento teve origem na suspeita de que o jogador teria contribuído para um evento específico de jogo com potencial impacto em apostas, ainda que o tribunal, ao examinar o caso em profundidade, tenha afastado a hipótese de manipulação deliberada do resultado. Mesmo assim, a constatação de que houve compartilhamento de informação sensível foi considerada suficiente para justificar punição disciplinar, embora limitada à esfera administrativa e sem afastamento do atleta.

Esse desfecho revela muito sobre a fase atual do futebol brasileiro. Em poucos anos, as apostas deixaram de ocupar um espaço marginal e passaram a exercer influência direta sobre receitas, exposição de marcas e relações contratuais. O problema não está necessariamente na existência do setor, mas na rapidez com que ele se transformou em parte orgânica do esporte, sem que as estruturas de prevenção e controle acompanhassem essa evolução.

O avanço das microapostas, aquelas que transformam lances isolados em objetos de especulação, criou situações novas e delicadas. Pequenas ações que antes passavam despercebidas agora podem gerar movimentações financeiras expressivas. A fronteira entre comportamento de jogo, estratégia e atitude imprudente tornou-se mais estreita. Nesse cenário, casos envolvendo atletas ganham peso simbólico e colocam em xeque a confiança do torcedor.

É por isso que a discussão não pode se limitar ao resultado do julgamento. A integridade esportiva precisa ser tratada como pilar central da governança. Programas sérios de compliance, formação continuada para atletas e familiares, políticas internas claras sobre circulação de informações e cooperação efetiva entre clubes, reguladores e operadores de apostas são medidas urgentes. Do ponto de vista jurídico, também é indispensável atualizar o Código Brasileiro de Justiça Desportiva para refletir os novos modos de risco trazidos pela lógica de apostas instantâneas e altamente segmentadas.

O futebol brasileiro vive um momento decisivo. A credibilidade das competições é um patrimônio que se perde com facilidade, mas cuja reconstrução exige esforço contínuo. O caso de Bruno Henrique foi encerrado no âmbito disciplinar, mas a discussão que ele reacendeu permanece aberta: como proteger o jogo, seus agentes e sua reputação em um ambiente cada vez mais vulnerável?


 * Alberto Goldenstein é Presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB-Paraná

Continue Lendo

Nos campos

Brasil joga mal e empata com a Tunísia no último jogo do ano

Luciano Juba fica no banco, Paquetá perde pênalti, e resultado revela problemas da Seleção

Publicado

em

A Seleção Brasileira voltou a campo para mais um amistoso preparatório e saiu de Lille com a sensação de que ainda falta muito para uma equipe competitiva se firmar. O empate por 1 a 1 com a Tunísia expôs velhas fragilidades: dificuldades na criação, lentidão para reagir e pouca clareza nas escolhas em momentos decisivos.

O Brasil começou mal e terminou pior. No primeiro tempo, a Tunísia encontrou espaço para contra-atacar pela esquerda e aproveitou um erro de Wesley para abrir o placar com Mastouri. A Seleção respondeu com jogadas previsíveis, dependentes de chutes de média distância, até que o VAR flagrou um toque de mão de Bronn e Estêvão converteu o pênalti que garantiu o empate antes do intervalo.

Depois, o cenário se agravou. As entradas de Danilo e Vitor Roque não mudaram o ritmo lento do time, que passou a errar mais passes e perdeu intensidade no meio-campo. A melhor jogada do Brasil veio justamente de uma ação individual: Vitor Roque pressionou a saída tunisiana, recuperou a bola e sofreu o segundo pênalti da noite. Dessa vez Lucas Paquetá assumiu a cobrança e mandou por cima, desperdiçando a melhor chance de vitória.

O amistoso deixa a impressão de que o time ainda não encontrou um modelo claro. Os próximos compromissos, em março, serão bem mais exigentes: França em Boston e Croácia em Orlando. Serão os últimos testes antes da convocação final para o Mundial. Entre ajustes táticos, oscilações individuais e dificuldades de criação, Ancelotti terá pouco tempo para transformar uma equipe irregular em candidata real ao título. O Brasil entra em 2026 precisando de respostas que ainda não apareceram.

Continue Lendo

Nos campos

João Pedro se agiganta nos pênaltis e mantém Brasil vivo no Mundial sub-17

Seleção Brasileira vai enfrentar o Marrocos na próxima fase

Publicado

em

João Pedro já ultrapassou a fronteira da promessa e entrou no território dos protagonistas. O goleiro do Santos voltou a decidir uma classificação do Brasil na Copa do Mundo Sub-17 ao defender duas cobranças nos pênaltis contra a França — além de outra no tempo normal — e garantiu a vaga nas quartas de final, onde a Seleção enfrentará o Marrocos. Somando as heroicas três defesas diante do Paraguai, na fase anterior, ele já acumula seis penalidades defendidas no mata-mata, marca rara para qualquer goleiro de base.

A atuação monumental expôs, ao mesmo tempo, um Brasil competitivo, mas ainda irregular. A equipe sofreu para superar o bloqueio francês e desperdiçou um pênalti crucial aos 37 minutos do segundo tempo, quando Ruan Pablo, destaque do Bahia, acertou a trave. O próprio camisa 10, porém, resgatou a confiança ao bater a cobrança derradeira nas penalidades e selar a classificação.

O alívio só veio aos 44 minutos da etapa final, quando Pietro Tavares, do Cruzeiro, acertou um chute improvável no ângulo e levou o jogo à disputa que hoje parece o habitat natural de João Pedro. O gol, porém, também revelou a dificuldade brasileira de criar soluções coletivas diante de adversários que congestionam a intermediária — um sinal de alerta para o duelo contra os marroquinos, que têm justamente a defesa como ponto forte.

A classificação mantém a Seleção no torneio, mas a performance evidencia contrastes: ao mesmo tempo em que o time demonstra resiliência e talentos decisivos, ainda depende demais de ações individuais e de um goleiro que vive momento quase sobrenatural. No Mundial sub-17, João Pedro virou símbolo de confiança. Agora, o desafio é fazer o coletivo acompanhar o brilho do camisa 1.

Continue Lendo

Mais lidas