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Efemérides da semana (13 a 19/10)

Veja as datas mais importantes e marcantes dos últimos dias

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por Fred do Chame-Chame*

A partir deste sábado (19) o pesquisador Fred Flávio (mais conhecido como Fred do Chame-Chame) vai trazer aqui nesta coluna informações históricas e reflexões sobre fatos marcantes e datas importantes da semana que passou.

A começar por um ídolo tricolor: Elizeu Antônio Vinagre Ferreira de Godoy (Santos, 17/10/1945). Oriundo do Santos, começou a rodar cedo por diversas equipes, muito cedo, como São Cristóvão, Fluminense, até chegar ao Bahia em 1967, quando foi Campeão Baiano, antes porém, foi convocado para a Seleção brasileira que disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio em 1964. Atuou no futebol europeu, primeiro no Anderletch da Bélgica e Belenenses de Portugal. Na volta ao futebol baiano, jogou pelo Vitória e Leônico, em meados dos anos 70. Aposentou-se como jogador, em 1977, quando entrou na crônica esportiva, tanto no rádio como na TV. Em algumas oportunidades, foi dirigente esportivo.

Festa também para João Leite da Silva Neto (Belo Horizonte, 13/10/1955), formado nas categorias de base do Galo. João Leite tornou-se titular do clube, aos 21 anos, em 1976. No ano seguinte, defendeu 2 pênaltis, no Mineirão, na disputa de pênaltis com o São Paulo, mas não foram suficientes para a conquista do Título Brasilieiro. Atleta de Cristo, ficou conhecido, nacionalmente, pois em todos os jogos, antes do início da partida, entregava uma Bíblia ao goleiro adversário. Convocado para a Seleção Brasileira, em 1981, com o destaque na participação, como titular, no Mundialito do Uruguai. João Leite levantou 11 vezes a taça de Campeão Mineiro, pelo Atlético, sendo o jogador que mais vestiu a camisa do Clube (684 jogos).

Falando em Uruguai, “feliz cumpleaños” Alfonso Dario Pereyra Bueno (Sauce-URU, 19/10/1956). Ele começou na base do Nacional de Montevideu chegando, rapidamente, à Seleção Principal da Celeste sendo Capitão já aos 19 anos de idade. Chegou ao São Paulo, em 1977, quando conquistou o título brasileiro daquele ano, fato que se repetiria, contra o Guarani, em 1986. Quatro vezes Campeão Paulista, pelo Tricolor do Morumbi, atuava como meia no início, virou volante e tornou-se zagueiro, formando, ao lado de Oscar, uma dupla considerada das melhores da equipe em todos os tempos.

Outro que comemorou idade nova foi Paulo Roberto Falcão (Abelardo Luz-SC, 16/10/1953): Do interior catarinense para a Cidade Eterna, a trajetória de Falcão foi marcada pela sua elegância, dentro e fora dos gramados. Tricampeão brasileiro pelo Inter, transferiu-se para a Itália onde sagrou-se, o Rei de Roma, conquistando o Scudetto que há muito era desejado. Na volta ao Brasil, mais um título, desta vez, o Paulista de 1985, pelo São Paulo. Desfilou seu futebol de qualidade, nas Copas de 82 e 86, pela Seleção Brasileira que, também, comandou quando tornou-se treinador, ganhando o Gaúcho de 2011, pelo Inter e o Baiano de 2012, pelo Bahia.

Quem faria aniversário no último dia 15 seria Sapatão – um dos ícones do heptacampeonato tricolor. Élcio Nogueira da Silva (Campos-RJ, 15/10/1947 – Salvador, 05/06/2020) teve sua trajetória no futebol atrelada ao Bahia, uma vez que foi o capitão do Hepta, cuja campanha, apenas ele, Baiaco, Douglas e Fito fizeram parte. Com passagens pelo Flamengo, Fluminense de Feira, Santa Cruz e Catuense, tornou-se treinador de futebol, ao final da carreira de atleta.

Pra fechar, precisamos falar de Nildon Carlos Braga Veloso – o “Birro Doido” (Maragogipe, 31/03/1943 – Salvador, 18/10/2008). Eternizado no futebol por um único lance, até porque não é qualquer lance, ele, simplesmente, evitou o milésimo gol de Pelé, na Fonte Nova, no empate entre Bahia 1×1 Santos, em 1969. Nildon Birro Doido, como era conhecido, começou no Colo-Colo de Ilhéus, chegando em 1967, ao Tricolor Baiano, na campanha do título daquele ano. Transeferiu-se para o Galácia, em 1971, abandonando o futebol no ano seguinte, mas deixando seu nome na história do Esquadrão de Aço.

*Especial para o Arenalivre.com

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FC 26 pode marcar a reaproximação com o futebol brasileiro

Após anos de ausência, a possibilidade da volta dos times da Série A ao game da EA reacende o interesse dos jogadores no Brasil

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A cada ano, quando a EA Sports lança um novo jogo da sua franquia de futebol, carrego uma frustração silenciosa: a ausência realista dos times brasileiros. Desde o FIFA 16 não vejo meus clubes favoritos com elencos autênticos, escudos licenciados e uniformes atualizados. Mesmo com algumas aparições nas versões recentes, elas se limitam a nomes genéricos e jogadores irreconhecíveis. Agora, com os rumores em torno do FC 26, essa ausência pode finalmente ter um ponto final. A possibilidade de voltar a jogar com os times brasileiros completos, como eram antes, reacende não só a nostalgia, mas também o envolvimento com o game.

O retorno parece estar sendo construído a partir de uma reestruturação das negociações. No Brasil, diferentemente da Europa, os direitos de imagem dos atletas são tratados de forma individual, exigência da Lei Pelé. Isso sempre dificultou a presença oficial dos clubes no jogo, já que não é possível fechar um único contrato com uma liga nacional. Com a formação dos blocos Libra e LFU (Liga Forte União), os clubes passaram a ter representação coletiva, o que abriu caminho para a proposta da EA à CBF — que hoje está sob avaliação. Se for aceita, a tendência é que não apenas os times, mas também a Seleção Brasileira retornem com todos os elementos licenciados.

O que me chama atenção nesse processo é o potencial de impacto no mercado de games no Brasil. A ausência dos clubes locais sempre deixou o jogo com um vazio para o público brasileiro. A concorrência, como o E-Football, conseguiu avançar ao fechar acordos individualizados. Agora, com a EA retomando esse movimento, há a expectativa de que pelo menos 12 clubes da Série A estejam presentes já no FC 26. Nomes como Corinthians, Vasco, Fluminense e Internacional aparecem nos rumores divulgados por perfis especializados como o FUTSheriff e o FGZ News, reforçando que as negociações estão avançando.

Ainda é cedo para comemorar, mas como jogador e torcedor, fico atento a cada novo vazamento e especulação. A proposta nas mãos da CBF e o interesse declarado por parte das ligas mostram que a volta está próxima, mesmo que parcial. Se tudo caminhar como previsto, a edição 2026 pode marcar um novo capítulo no relacionamento entre os jogadores brasileiros e o game. Ter meus clubes no jogo, com atletas reais e identidade visual respeitada, vai além da diversão — é também reconhecimento cultural e de mercado.

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Surfar depois dos 40: uma nova onda de consciência

Carioca Phil Rajzman, tricampeão mundial de longboard, afirma que é muito mais libertador surfar agora

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por Phil Rajzman *

Surfar aos 40 anos é uma experiência diferente. Já não é mais só sobre performance, vitórias ou títulos — é sobre significado de vida.

Depois de três décadas remando atrás de ondas ao redor do mundo, minha relação com o surfe foi se transformando naturalmente. Começou como uma brincadeira de criança, virou profissão, paixão e, mais recentemente, cura. No final de 2023, fui diagnosticado com câncer. Passei o ano de 2024 em tratamento. Em meio aos desafios físicos e emocionais, o surfe foi meu ponto de equilíbrio. O mar se tornou meu templo.

Mesmo ainda em remissão, tive forças para competir e vencer, em abril, a etapa de Saquarema, do circuito sul-americano da WSL (REMA WSL Saquarema Surf Festival). Uma vitória que não foi apenas esportiva — foi existencial. Cada onda agora tem um outro valor. A energia que troco com o oceano carrega mais do que técnica: carrega gratidão.

Aos 40, a gente entende o corpo com mais profundidade. As manobras mais explosivas exigem cuidados maiores, trocas rápidas de direção. Tudo isso pede respeito aos limites. Mas, ao mesmo tempo, a mente está mais afiada, o estilo mais refinado e a leitura do mar mais precisa. A técnica evolui com o tempo, e isso é libertador.

Minha preparação física hoje é mais equilibrada: yoga, treino funcional, musculação leve, respiração e meditação. Valorizo o descanso e a alimentação. Não busco mais o corpo de um atleta no auge. Busco saúde e longevidade. Quero continuar surfando não só bem, quero continuar surfando sempre.

Meu surfe mudou muito. Evoluiu junto com a minha percepção de mundo. As viagens, as competições, os aprendizados com os mestres — tudo isso foi moldando meu estilo. Sempre busquei unir o clássico com o progressivo, mesmo quando o circuito internacional tentou empurrar o Longboard para uma direção única e engessada.

Acredito que a verdadeira beleza do Longboard está no equilíbrio. No toque leve dos pés no bico da prancha e, ao mesmo tempo, na potência da manobra bem encaixada. Tenho orgulho de ter mantido minha essência mesmo me adaptando aos novos critérios, o que me levou a conquistar meu terceiro título mundial em 2016.

Do Rio para o mundo: uma vida no mar  

Minha primeira viagem de surfe foi aos 10 anos, em 1992, representando o Rio de Janeiro no circuito brasileiro amador. Lembro com carinho das viagens no ônibus da FESERJ (Federação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro) com a equipe, parando em lugares como São Paulo, Florianópolis e Ceará. Era o começo de uma jornada que se tornaria minha vida inteira.

Em 2004, em Puerto Escondido, no México, vivi uma das experiências mais marcantes da minha carreira: vencer o evento mundial “Oxbow Soul and Stulyle”. Me vanglorio não só pelo nível das ondas — pesadas, tubulares, desafiadoras -, mas também pelo nível dos competidores: eram 16 campeões mundiais da história do Longboard reunidos. Terminei campeão do evento em uma final contra o Joel Tudor, o que consolidou minha trajetória internacional e marcou o início de uma nova fase na minha carreira. Esse campeonato me fez entender até onde o surfe poderia me levar.

Já enfrentei situações perigosas também. Em Sunset Beach, no Havaí, por volta de 1999, fiquei duas ondas submerso em um mar de 15 pés. Naquela época, não existiam os recursos de segurança de hoje, como coletes infláveis ou jet ski de resgate. Foi um susto grande, mas me ensinou muito sobre respeito ao oceano. E surfei também em Jaws, a onda de Peahi/Havaí, com ondas de 35 pés, na remada. Ali, é outro nível de poder da natureza. O mar se impõe. É preciso preparo físico, mental, espiritual — e muita humildade. São momentos que marcam para sempre. Felizmente, hoje temos tecnologia e preparação física que nos ajudam a minimizar os riscos nessas condições extremas.

E por falar em tecnologia, hoje, desenho minhas próprias pranchas. Busco o equilíbrio entre tradição e tecnologia. As pranchas modernas oferecem leveza, precisão e adaptação — mas carrego comigo o respeito pelas pranchas clássicas, com suas linhas puras e sua alma.

Admiro os shapes californianos, mas adapto para o meu estilo, para as ondas do Brasil e para o meu corpo. Acredito que cada surfista precisa encontrar a prancha que converse com sua essência — e isso, para mim, é parte fundamental do surfe como arte.

O surfe como escola de vida 

Se eu pudesse voltar no tempo, não mudaria nada. Cada erro me ensinou. Cada vitória me mostrou aonde posso chegar. O surfe me deu tudo — e tudo o que ele tirou, foi para me ensinar a ser alguém melhor.

Hoje, o surfe representa liberdade, equilíbrio, espiritualidade e família. É através dele que me conecto com minha filha Coral, que começa agora a viver sua relação com o mar. Meu sonho é envelhecer surfando ao lado dela, sem pressa, sem pressão — apenas sentindo a energia da onda.

Ainda sonho em surfar em lugares que nunca fui, como Cloudbreak – um dos 10 melhores picos de surfe, na ilha de Tavarua, em Fiji -, Indonésia (Ásia) e Teahupo’o (Polinésia Francesa). Mas, acima de qualquer destino, o que importa é o que a onda traz: presença.

Aos jovens que estão começando agora, deixo um conselho simples: Mantenham sua essência. Respeitem o mar. Estudem as pranchas. Entendam seus corpos. Aprendam com os mais velhos, mas sigam a própria verdade.

O surfe é muito mais do que competição. É um estilo de vida. É uma linguagem silenciosa com a natureza.

Enquanto eu tiver saúde e vontade, estarei no mar. Porque o surfe é isso: um ciclo sem fim. Um retorno constante a quem realmente somos.

Aloha!

* Phil Rajzman é tricampeão mundial de longboard (em 2007 e 2016, campeão mundial pela World Surf League; e 2004 campeão mundial pela Oxbow Pro), bicampeão Pan-Americano (2007 e 2009) e atleta da elite mundial por 25 temporadas (até 2022).

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F1 25 transforma ficção em velocidade jogável

Modo de jogo permite reviver momentos-chave do filme estrelado por Brad Pitt

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Quando terminei de assistir a F1: O Filme, a sensação era de que a história ainda tinha espaço para se desdobrar. Não demorou muito para isso acontecer. Assim que voltei para casa, liguei o console e mergulhei no F1 25, agora com os pilotos fictícios Sonny Hayes e Joshua Pearce disponíveis, além dos novos cenários inspirados diretamente nas corridas e bastidores do longa. Pela primeira vez, senti que a ponte entre filme e game não era apenas estética — era uma extensão narrativa que eu podia controlar.

O modo “Chapter Scenarios” me surpreendeu ao permitir reviver momentos-chave da trama cinematográfica como desafios jogáveis. A transição entre o que vi na tela do cinema e o que controlo no joystick é fluida, com elementos visuais e sonoros do filme integrados ao jogo. Ao completar as seis fases, fui recompensado com o capacete de Sonny Hayes, algo simbólico, mas que reforça o senso de progressão e pertencimento dentro da narrativa expandida.

O maior impacto dessa integração, no entanto, está no modo carreira. Assumir o volante da equipe APXGP em “My Team” não é apenas uma jogada de marketing — é uma chance de viver as decisões de bastidor que o filme só insinua. Ter EA SPORTS como patrocinadora da equipe no próprio filme e no game cria uma conexão que extrapola o jogo e reforça a ideia de que essa narrativa é parte de um universo coeso. Tudo foi pensado para ampliar a imersão, sem deixar de lado o que já torna a série F1 uma referência.

A colaboração com Apple Original Films também trouxe desafios técnicos visíveis: o visual cinematográfico do conteúdo extra foi cuidadosamente adaptado para o motor gráfico do jogo, mantendo a identidade do filme. Para quem já jogou “Braking Point”, essa experiência oferece uma nova camada: agora, não se trata apenas de acompanhar uma história interativa — trata-se de continuar uma história iniciada na tela grande, assumindo o controle do enredo. E isso, como jogador e fã de Fórmula 1, muda completamente a forma como me relaciono com o jogo.

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