O atacante Wesley, baiano de Salvador, está de casa nova. O jogador de 26 anos acertou sua transferência do Internacional para o Al-Rayyan, do Catar, em negócio que movimentou US$ 10 milhões (R$ 54,4 milhões). O Inter, dono de 50% dos direitos, ficará com cerca de R$ 27,2 milhões. A outra metade vai para o Palmeiras, sendo que 15% serão destinados ao Jacuipense, que terá direito a aproximadamente R$ 4,08 milhões — um reforço importante para o caixa do clube do interior baiano.

Wesley desembarcou em Doha nesta segunda-feira (1°) para assinar contrato. Apesar de viver um momento de baixa — foram mais de 100 dias sem marcar em 2025 — o atacante continuava sendo alvo de clubes internacionais. Antes do acerto com o Al-Rayyan, ele esteve na mira do América do México e do Portland Timbers (EUA), mas foi o clube catariano quem venceu a disputa.

Cria da base do Palmeiras, Wesley chegou ao Inter em 2024, vindo do Cruzeiro. Em Porto Alegre, acumulou 86 jogos, 14 gols e seis assistências, sendo artilheiro colorado na temporada passada, com 13 gols, e campeão gaúcho neste ano. Antes disso, viveu sua primeira experiência no futebol profissional em 2019, quando foi emprestado ao Vitória, pela Série B, e marcou seu primeiro gol como atleta profissional.

A ida ao futebol árabe marca um novo passo na carreira do atacante veloz, formado nas categorias de base do Palmeiras, onde acumulou títulos expressivos no sub-17 e sub-20. Para a Bahia, além do orgulho de ver mais um jogador local no cenário internacional, a transferência também traz retorno financeiro direto ao Jacuipense, exemplo de como o investimento em jovens talentos pode render frutos alguns anos depois.

O retorno do Brasileirão 2025 chega acompanhado de um clássico fora dos gramados: o álbum de figurinhas da Panini. A nova edição, lançada oficialmente nesta sexta-feira (22), traz 88 páginas e 685 cromos, sendo 160 especiais, cobrindo todos os clubes das Séries A e B. Mais do que colecionar jogadores e escudos, a proposta deste ano é oferecer ao torcedor uma experiência interativa e digital.

Entre as novidades, destaque para os desafios exclusivos: cada time da Série A terá uma terceira página com cromos metalizados de objetivos propostos a seus principais atletas. Caso o jogador cumpra a meta até a 30ª rodada, a Panini lançará um cromo especial no fim da temporada. Outra inovação é a possibilidade de criar um cromo personalizado pelo My Panini, além do acesso à Coleção Digital, que trará mensalmente 125 figurinhas virtuais de destaques, campeões e heróis da temporada.

O álbum também aposta em seções de engajamento, como “Jogam Muito”, que homenageia craques históricos do campeonato, e “Monte seu Time”, onde o colecionador pode escalar sua própria seleção. Para os mais analíticos, surge o Paninipedia, espaço de estatísticas e análises táticas inéditas sobre cada clube da Série A, um aceno claro ao torcedor que busca conteúdo mais aprofundado.

Apesar do apelo colecionável, os preços podem pesar no bolso. A versão brochura sai por R$ 19,90, a capa dura por R$ 64,90 e cada envelope, com cinco figurinhas, custa R$ 5,00 — valor que, para completar o álbum, pode ultrapassar facilmente algumas centenas de reais, algo que já é alvo de críticas recorrentes entre colecionadores.

Ainda assim, como lembra Martina Limoni, diretora de marketing da Panini na América Latina, o álbum já virou parte da cultura futebolística nacional. “Nossa ideia é que cada colecionador traga seu toque único para esse álbum”, afirma.

Se por um lado o lançamento reforça a tradição anual que movimenta bancas e grupos de trocas em todo o país, por outro, amplia a discussão sobre até que ponto a experiência de colecionar está se tornando um investimento cada vez mais caro para o torcedor comum.

O Vitória não resistiu ao peso de uma goleada sem precedentes. A derrota por 8 a 0 para o Flamengo, no Maracanã, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, provocou a saída imediata do técnico Fábio Carille, anunciada poucos minutos após a coletiva de imprensa do treinador.

Carille deixa o clube com números modestos: apenas uma vitória em nove jogos, além de cinco empates e três derrotas. O aproveitamento de 29,6% não foi suficiente para tirar o Rubro-Negro da zona de rebaixamento. Em sua curta passagem, o time marcou oito gols e sofreu 18, reflexo de uma equipe instável e com dificuldades ofensivas.

A diretoria agiu rápido e promoveu Rodrigo Chagas, técnico do sub-20, para comandar a equipe de forma interina. Conhecido da torcida por passagens anteriores no clube, Chagas terá pela frente o desafio imediato de recuperar o grupo para o duelo contra o Atlético-MG, domingo, às 18h30, no Barradão.

O episódio marca mais uma troca no comando técnico do Vitória em 2025, evidenciando a dificuldade de encontrar um caminho estável no retorno à Série A. A pressão cresce, e o time sabe que o próximo passo será crucial para evitar um desfecho ainda mais complicado no campeonato.